sábado, 24 de março de 2012

17° cap de O filho de Netuno

esse cap é um pouco maior ;)


Hazel

HAZEL ODIAVA BARCOS.
Ela ficava enjoada tão facilmente, que parecia mais como uma praga do oceano. Ela não tinha mencionado isso para Percy. Ela não queria atrapalhar a missão, mas ela se lembrou de quão horrível sua vida tinha sido
quando ela e sua mãe tinham se mudado para o Alasca — que não tinha uma estrada sequer. Para onde quer que elas fossem tinham que pegar um trem ou um barco.
Ela esperava que sua condição tivesse melhorado desde que ela voltou a viver. Obviamente não melhorou. E esse pequeno barco, o Pax, parecia muito com um barco que elas tinham no Alasca. E isso lhe trazia más
lembranças...
Assim que eles deixaram as docas, o estômago de Hazel começou a se embrulhar. Pelo tempo que passaram no píer de Embarcadero em São Francisco, ela se sentiu tão tonta que pensou que estava tendo alucinações.
Eles passaram rapidamente por alguns leões-marinhos descansando no cais, e ela jurou que viu um velho mendigo sentado entre eles. Do outro lado da água o homem apontou um dedo ossudo para Percy e movimentou a boca como se dissesse algo como “Nem sequer pense nisso”.
— Você viu aquilo? — Hazel perguntou.
O rosto de Percy estava vermelho ao pôr do sol.
— Sim... Eu estive aqui antes. Eu... Eu não sei. Eu acho que estava procurando a minha namorada.
— Annabeth, — Frank disse. — Você quer dizer, no seu caminho até o Acampamento Júpiter?
Percy franziu a testa.
— Não. Antes disso.

Ele verificou a cidade como se ele estivesse à procura de Annabeth enquanto eles passavam pela ponte Golden Gate e viravam para o norte. Hazel tentou acalmar seu estômago pensando em coisas agradáveis
— a euforia que ela sentiu quando tinha ganhado os jogos de guerra na noite passada, cavalgando Hannibal debaixo do nariz do inimigo, a transformação repentina de Frank em um líder. Ele parecia uma pessoa diferente quando escalava paredes, convocando a Quinta Coorte para atacar. O jeito que ele varreu os defensores da muralha... Hazel nunca tinha visto ele assim antes.
Ela ficou tão orgulhosa em colocar a insígnia de centurião em sua camisa.
Então seus pensamentos se voltaram para Nico. Antes de eles partirem, o irmão dela tinha puxado-a para um canto para desejar-lhe sorte.
Hazel esperava que ele ficasse no Acampamento Júpiter para defendê-lo, mas ele disse que estaria partindo hoje — de volta ao Mundo Inferior.
— Papai precisa de toda ajuda que ele puder conseguir — ele disse.
Parece que ocorreu uma rebelião nos Campos Asfódelos. As Fúrias mal conseguem manter a ordem. Além do que... Eu vou tentar rastrear algumas das almas que fugiram. Talvez eu possa encontrar as Portas da Morte do outro lado.
— Tenha cuidado, — disse Hazel. — Se Gaia está guardando essas portas...
— Não se preocupe. — Nico sorriu. — Eu sei como ficar escondido. Apenas se cuide. Quanto mais perto você chegar do Alasca... Eu não tenho certeza se isso vai tornar os apagões melhores ou piores.
Me cuidar, Hazel pensou amargamente. Como se tivesse algum jeito de isso terminar bem para ela.
— Se nós libertarmos Tânatos, — Hazel disse a Nico, — Pode ser que eu nunca veja você novamente. Tânatos vai me mandar de volta para o Mundo Inferior...
Nico segurou a mão dela. Seus dedos eram tão pálidos, que era difícil acreditar que Hazel e ele compartilhavam o mesmo pai divino.
— Eu queria lhe dar uma chance nos Elísios, — disse ele. — Era o melhor que eu podia fazer por você. Mas agora, eu gostaria que houvesse outra maneira. Eu não quero perder a minha irmã.
Ele não disse a palavra novamente, mas Hazel sabia que ele estava pensando nisso. Pela primeira vez, ela não sentia ciúmes de Bianca di Angelo. Ela só queria ter mais tempo com Nico e seus amigos no acampamento. Ela não queria morrer pela segunda vez.
— Boa sorte, Hazel, — disse ele. Então ele se misturou às sombras, exatamente como seu pai tinha feito 70 anos antes.
O barco estremeceu, sacudindo Hazel de volta para o presente. Entraram nas correntes do Pacífico e contornaram a costa rochosa do Condado de Marin.
Frank colocou o saco de esqui em seu colo. O saco passou por cima dos joelhos de Hazel como uma barra de segurança em um parque dediversões, o que a fez pensar no tempo em que Sammy a tinha levado ao
carnaval durante o Mardi Gras... Ela rapidamente deixou a memória de lado. Ela não podia correr o risco de apagar.
— Você está bem? — Frank perguntou. — Você parece que está enjoada.
— Fico enjoada no mar, — confessou. — Eu não achei que ficaria tão mal.
Frank fez beicinho como se fosse de alguma forma sua culpa. Ele começou a cavar em sua mochila.
— Eu tenho algum néctar. E alguns biscoitos. Hum, minha avó diz que gengibre ajuda... Eu não tenho nada disso, mas...
— Está tudo bem. — Hazel reuniu um sorriso. — Que bom que você se preocupa comigo, no entanto.
Frank tirou um saltine. Ele agarrou com seus dedos grandes.
Biscoitos explodiram por toda parte.
Hazel riu. — Deuses, Frank... desculpe. Eu não deveria rir.
— Uh, não tem problema, — disse ele timidamente. — Acho que você não vai querer uma.
Percy não estava prestando muita atenção. Ele manteve os olhos fixos na costa. Ao passarem pela praia Stinson, ele apontou para o interior, onde uma única montanha subia acima das colinas verdes.
— Isso parece familiar —, disse ele.
— Monte Tam, — disse Frank. — As crianças no acampamento estão sempre falando sobre isso. Uma grande batalha aconteceu no cume, a base de um antigo Titã.

Percy franziu a testa.
— Alguém de vocês esteve por lá?
— Não, — disse Hazel. — Isso foi em agosto, antes de eu, hum, antes de eu chegar ao acampamento. Jason me contou sobre ela. A legião destruiu o palácio do inimigo e cerca de um milhão de monstros. Jason teve que batalhar com Crio — um combate mano a mano com um titã, se você puder imaginar.
— Eu posso imaginar, — murmurou Percy.
Hazel não tinha certeza do que ele quis dizer, mas Percy a fez lembrar-se de Jason, ainda que eles não fossem nada parecidos. Eles tinham a mesma aura de poder tranquilo, além de uma espécie de tristeza, como se tivessem visto o seu destino e sabiam que era apenas uma questão de tempo antes que encontrassem um monstro que não poderiam vencer.
Hazel sabia como era se sentir assim. Ela assistiu o pôr do sol no oceano, e ela sabia que tinha menos de uma semana de vida. Tendo sucesso ou não, sua jornada acabará na Festa da Fortuna.
Ela pensou na sua primeira morte, e os meses que a antecederam — sua casa em Seward, os seis meses que ela passou no Alasca, pegando o pequeno barco até a Baía da Ressurreição à noite, para visitar a ilha
amaldiçoada.
Ela percebeu seu erro tarde demais. Sua visão escureceu, e ela caiu voltando no tempo.
Sua casa de férias era uma caixa suspensa em estacas sobre a baía.
Quando o trem de Anchorage passava perto, os móveis tremiam e as fotos sacudiam nas paredes. À noite, Hazel adormecia ao som da água gelada gotejando nas rochas sob o assoalho. O vento fazia a construção ranger e gemer.
Eles tinham uma sala, com um aquecedor e uma geladeira como cozinha. Um canto estava preparado com cortinas para Hazel, onde ela mantinha seu colchão. Ela fixou desenhos e fotos antigas de Nova Orleans
nas paredes, mas apenas fizeram piorar a saudade.
Sua mãe raramente estava em casa. Ela não era mais a Rainha Marie.
Ela era apenas Marie, a ajudante contratada. Ela cozinhava e fazia a limpeza todos os dias no restaurante da Terceira Avenida, para pescadores, trabalhadores ferroviários, e a tripulação ocasional de homens da Marinha.
Ela chegava em casa cheirando a pinho e peixe frito.
À noite, Marie Levesque se transformava. A Voz assumia, dando ordens a Hazel, colocando-a para trabalhar em seu projeto horrível.
No inverno ficou pior. A Voz ficou mais constante por causa da escuridão. O frio era tão intenso, que Hazel pensou que nunca estaria quente novamente.
Quando chegou o verão, Hazel não pode tomar sol o bastante. Todos os dias das férias de verão, ela ficou longe de casa o quanto pôde, mas ela não podia andar pela cidade. Era uma pequena comunidade. As outras crianças espalhavam boatos sobre ela, a filha da bruxa que morava no velho barraco nas docas. Se ela chegasse muito perto, as crianças zombavam dela ou atiravam garrafas e pedras. Os adultos não eram muito melhores que isso. Hazel poderia ter tornado suas vidas miseráveis. Ela poderia ter-lhes dado diamantes, pérolas ou ouro. Aqui no Alasca, o ouro era fácil. Havia tanto nas colinas, Hazel poderia ter escavado a cidade em pouquíssimo tempo. Mas ela não os odiava tanto assim para tirá-los do seu caminho. Ela não podia culpá-los.
Ela passou o dia andando pelas colinas. Ela atraiu corvos. Eles grasnavam das árvores e esperavam as coisas brilhantes que apareciam embaixo de seus passos. A maldição nunca pareceu incomodá-los. Ela viu ursos marrons, também, mas eles mantiveram distância. Quando Hazel ficou com sede, ela encontrou uma cachoeira de neve derretida e bebeu água gelada e limpa até sua garganta doer. Ela subiu o mais alto que pôde para deixar o sol aquecer o seu rosto.
Não era uma maneira ruim de passar o tempo, mas ela sabia que eventualmente, ela teria que ir para casa.
Às vezes, ela pensava em seu pai, o estranho homem pálido no terno prata-e-preto. Hazel desejava que ele voltasse e a protegesse de sua mãe, talvez usar os seus poderes para se livrar da voz horrível. Se ele era um deus, ele devia ser capaz de fazer isso.
Ela olhou para os corvos e imaginou que eram seus emissários. Seus olhos eram escuros e maníacos, como os dele. Ela se perguntava se eles relatavam seus movimentos para o seu pai.
Mas Plutão tinha advertido sua mãe sobre o Alasca. Era uma terra além dos deuses. Ele não podia protegê-las aqui. Se ele estava observando Hazel, ele não falava com ela. Muitas vezes ela se perguntava se ela não o
teria imaginado. Sua antiga vida parecia tão distante como os programas de rádio que ela ouvia, ou o Presidente Roosevelt falando sobre a guerra. Ocasionalmente, os moradores iam discutir sobre os japoneses e alguns combates nas ilhas que compunham o Alasca, mas mesmo parecendo distante, era quase tão assustador quanto o problema de Hazel.
Um dia em pleno verão, ela ficou mais tempo fora do que o comum, perseguindo um cavalo.
Ela tinha o visto primeiro quando ela ouviu um som de mastigação atrás dela. Ela se virou e viu um maravilhoso garanhão com uma juba negra — exatamente como o que ela tinha montado em seu último dia em Nova Orleans, quando Sammy a tinha levado aos estábulos. Poderia ter sido o mesmo cavalo, no entanto, era impossível. Ele estava comendo algo fora da trilha, e por um segundo, Hazel teve a louca impressão de que ele estava mastigando uma das jazidas de ouro que sempre apareciam em seu caminho.
— Ei, camarada — ela chamou.
O cavalo olhou para ela com cautela. Hazel imaginou que ele deveria pertencer a alguém. Estava muito
bem tratado, o seu pelo muito elegante para um cavalo selvagem. Se ela pudesse chegar perto o suficiente... O quê? Ela poderia encontrar seu dono? Devolvê-lo?
Não, ela pensou. Eu só quero cavalgar novamente.
Ela deu dez passos, e o cavalo fugiu. Ela passou o resto da tarde tentando pegá-lo ficando irritantemente perto antes que ele fugisse novamente.
Ela perdeu a noção do tempo, o que era fácil de fazer com o sol de verão constante durante tanto tempo. Finalmente, ela parou em um riacho para tomar água e olhou para o céu, pensando que devia ser por volta das três da tarde. Então ela ouviu um apito de trem no vale abaixo. Ela percebeu que tinha que estar anoitecendo em Anchorage, o que significava que eram dez da noite.
Ela olhou para o cavalo pastando, de forma pacífica em volta do riacho.
— Você está tentando me deixar em apuros?
O cavalo relinchou. Então... Hazel devia ter imaginado isso. O cavalo fugiu em um borrão de preto e castanho, mais rápido do que um relâmpago — quase rápido demais para seus olhos registrarem.

Hazel não entendia como, mas o cavalo tinha definitivamente desaparecido.
Ela olhou para o local onde o cavalo estava. Vapor saia do solo. O apito do trem ecoou através das montanhas de novo, e ela percebeu o quão encrencada estava. Ela correu para casa.
Sua mãe não estava lá. Por um segundo Hazel se sentiu aliviada. Talvez a mãe dela tivesse trabalhado até tarde. Talvez hoje elas não tivessem de fazer a viagem.
Então ela viu os escombros. A cortina de Hazel estava puxada para baixo. O guarda-roupa estava aberto e suas roupas espalhadas pelo chão. Seu colchão havia sido picado como se um leão tivesse atacado ele. O pior de tudo, seu bloco de desenho foi rasgado em pedaços. Seus lápis de cor foram todos quebrados. O presente de aniversário de Plutão, o único luxo de Hazel, tinha sido destruído. Pregada na parede estava uma nota em vermelho no último pedaço de papel de desenho, escrito algo que não era de sua mãe:
Menina Malvada. Estou te esperando na ilha. Não me desaponte. Hazel soluçava em desespero. Ela queria ignorar a intimação. Ela queria fugir, mas não havia para onde ir. Além disso, sua mãe tinha sido aprisionada. A Voz tinha prometido que elas estavam quase acabando com a sua tarefa. Se Hazel se mantivesse ajudando, sua mãe seria libertada. 
Hazel não confiava na Voz, mas ela não via qualquer outra opção.
Ela pegou o barco a remo — um barquinho que a mãe dela tinha comprado com alguns fragmentos de ouro de um pescador – que teve um acidente trágico com suas redes no outro dia. Elas tinham apenas um barco,
mas a mãe de Hazel parecia capaz, de vez em quando, de chegar à ilha sem qualquer transporte. Hazel aprendeu que não era bom perguntar sobre isso. Mesmo em pleno verão, pedaços de gelo giravam na Baía da Ressurreição. Focas deslizavam pelo seu barco, olhando para Hazel esperançosamente, farejando em busca de restos de peixe. No meio da baía, as costas brilhantes de uma baleia apareceram na superfície.
Como sempre, o balanço do barco fez seu estômago girar. Ela parou uma vez para vomitar do outro lado. O sol estava finalmente se pondo, transformando o céu em um vermelho-sangue.
Ela remou em direção a boca da baía. Depois de alguns minutos, ela se virou e olhou para a frente. Bem na frente dela, fora do nevoeiro, a ilha se materializou — um hectare de pinheiros, rochas e neve, com uma praia de areia negra.
Se a ilha tinha um nome, ela não sabia. Uma vez Hazel tinha cometido o erro de perguntar ao povo da cidade, mas eles a tinham olhado como se ela estivesse louca.
— Não existe nenhuma ilha aqui, — disse o peixeiro, — ou senão meu barco teria passado por lá muitas vezes. Hazel estava a cerca de cinquenta metros da costa quando um corvo pousou na popa do barco. Era um pássaro preto oleoso quase tão grande quanto uma águia, com um bico irregular como uma faca de obsidiana. Seus olhos brilhavam com inteligência, por isso Hazel não ficou muito surpresa quando ele falou.
— Esta noite, — ele resmungou. — A última noite.
Hazel deixou o remo cair. Ela tentou decidir se o corvo estava tentando alertá-la, ou aconselhá-la, ou fazendo uma promessa. 
— Você é do meu pai? — perguntou ela.
O corvo inclinou sua cabeça.
— A última noite. Hoje à noite.
Ele bicou a proa do barco e voou em direção à ilha.
A última noite, Hazel disse a si mesma. Ela decidiu tomar como uma promessa. Não importa o que ele me disse, vou fazer disso a última noite. O que lhe deu força suficiente para remar adiante. O barco deslizou
na terra, rachando através de uma fina camada de gelo e lodo preto.
Ao longo dos meses, Hazel e sua mãe haviam usado um caminho da praia para a floresta. Ela caminhou para o interior, com o cuidado de ficar na trilha. A ilha estava cheia de perigos, tanto naturais e mágicos.
Os ursos farfalhavam na vegetação rasteira. Espíritos incandescentes brancos, vagamente humanos, deslizavam por entre as árvores. Hazel não sabia o que eram, mas ela sabia que eles estavam olhando para ela, esperando que ela se perdesse em suas garras.
No centro da ilha, dois enormes pedregulhos negros formaram a entrada de um túnel. Hazel entrou na caverna que ela chamava de o Coração da Terra. Era o único lugar realmente quente que Hazel tinha encontrado desde que se mudou para o Alasca. O ar cheirava a terra recém molhada. O calor, úmido e doce fez Hazel se sentir sonolenta, mas ela lutou para ficar acordada. Imaginava que, se ela dormisse aqui, seu corpo se afundaria na terra do chão e ficaria coberto de folhas.
A gruta era tão grande como um santuário de uma Igreja, como a catedral de St. Louis em sua antiga casa na Jackson Square. As paredes brilhavam com musgos luminescentes — verdes, vermelhos e roxos. A
câmara toda zumbia com energia, ecoando um boom, boom, boom, que lembrava a Hazel batidas de coração. Talvez fossem apenas ondas do mar golpeando a ilha, mas Hazel não pensava assim. Este lugar estava vivo. A terra estava dormindo, mas pulsava com o poder. Seus sonhos eram tão malintencionados,
tão intermitentes, que Hazel sentiu que estava perdendo a noção da realidade.
Gaia queria consumir a sua identidade, assim como ela tinha dominado a mãe de Hazel. Ela queria consumir todo ser humano, deus e semideuses que se atrevesse a andar pela sua superfície.
Vocês todos me pertencem, murmurou Gaia como uma canção de ninar. Rendam-se. Voltem para a terra.
Não, Hazel pensou. Eu sou Hazel Levesque. Você não pode me possuir.
Marie Levesque estava sobre o poço. Em seis meses, seu cabelo tinha se tornado cinza como palha de aço. Ela tinha perdido peso. Suas mãos estavam nodosas pelo trabalho duro. Ela usava botas de neve impermeáveis e uma camisa branca manchada do restaurante. Ela nunca teria sido confundida com uma rainha.
— É tarde demais. — A voz frágil de sua mãe ecoou pela caverna. Hazel percebeu com um choque que era a voz dela — não de Gaia.
— Mãe?
Marie se virou. Seus olhos estavam abertos. Ela estava acordada e consciente. O que deveria ter deixado Hazel aliviada, a deixou nervosa. A Voz nunca renunciou ao controle enquanto elas estavam na ilha.
— O que eu fiz? — sua mãe perguntou desesperadamente. — Ah, Hazel, o que eu te fiz? 
Ela olhou com horror para a coisa no poço.
Durante meses elas estavam vindo para cá, quatro ou cinco noites por semana assim como a Voz pedia. Hazel tinha chorado, ela entrou em colapso com a exaustão, ela implorou, ela tinha se dado ao desespero. Mas a voz que controlava sua mãe exortou-a implacavelmente. Traga objetos de valor da terra. Use seus poderes, criança. Traga meu bem mais precioso para mim.
No começo, seus esforços trouxeram apenas desprezo. A fissura na terra tinha sido preenchida com ouro e pedras preciosas, borbulhando em uma sopa espessa de petróleo. Parecia que o tesouro de um dragão tinha sido despejado em um poço de piche. Então, lentamente, um cone de pedra começou a crescer como um bulbo enorme de uma tulipa. Ele surgiu de forma gradual, noite após noite, Hazel teve problemas para calcular o seu progresso. Muitas vezes ela se concentrava toda a noite na elevação, até que sua mente e alma ficavam esgotadas, mas ela não notava qualquer diferença. No entanto, o cone cresceu. Hazel agora podia ver o quanto ela tinha feito. A coisa tinha dois andares de altura, um redemoinho de gavinhas rochoso
saliente como uma ponta de lança do pântano de óleos. No interior, algo brilhava com o calor. Hazel não podia vê-lo claramente, mas ela sabia o que estava acontecendo. Um corpo estava se formando de prata e ouro, o petróleo como sangue e o diamante puro como o coração. Hazel estava ressuscitando o filho de Gaia. Ele estava quase pronto para despertar. A mãe dela caiu de joelhos e começou a chorar.
— Sinto muito, Hazel. Sinto muito.
Ela parecia desamparada e sozinha, terrivelmente triste.
Hazel deveria ter ficado furiosa. Desculpe? Ela vivia com medo de sua mãe há anos. Ela tinha sido repreendida e culpada por causa da vida desafortunada de sua mãe. Ela havia sido tratada como uma aberração, arrastada de sua casa em Nova Orleans para este deserto gélido e trabalhado como uma escrava para uma deusa impiedosa do mal. Desculpe não suprimia isso. Ela deveria ter desprezado sua mãe.
Mas ela não conseguia fazer a si mesma ficar com raiva.
Hazel se ajoelhou e colocou o braço em torno de sua mãe. Não havia quase nada sobrando dela — só pele e ossos e roupas de trabalho manchadas. Mesmo na caverna quente, ela estava tremendo.
— O que podemos fazer? — Hazel disse. — Diga-me como impedir.
Sua mãe balançou a cabeça.
— Ela me deixou ir. Ela sabe que é tarde demais. Não há nada que possamos fazer.
— Ela... A Voz? — Hazel receava lhe dar esperanças, mas se sua mãe estava realmente livre, então nada mais importava. Elas poderiam sair daqui. Elas poderiam fugir, de volta para Nova Orleans.
— Ela se foi?
Sua mãe olhou temerosamente ao redor da caverna.
— Não, ela está aqui. Há apenas mais uma coisa que ela precisa de mim. Para isso, ela precisa do meu livre-arbítrio.
Hazel não gostou de como isso soava.
— Vamos sair daqui — ela insistiu. — Essa coisa na pedra... Vai eclodir.
— Em breve. — A mãe concordou.
Ela olhou para Hazel tão ternamente... Hazel não conseguia se lembrar da última vez que tinha visto esse tipo de afeto nos olhos de sua mãe. Ela sentiu um soluço em seu peito.
— Plutão me avisou, — disse sua mãe. — Ele disse que o meu desejo era muito perigoso.
— O seu... Seu desejo?
— De ter toda a riqueza debaixo da terra, — disse ela. — Ele controlava isso. Eu queria. Eu estava tão cansada de ser pobre, Hazel. Tão cansada. Primeiro eu o convoquei... Só para saber se eu poderia. Nunca
pensei que um velho feitiço indígena iria funcionar com um deus. Mas ele cortejou-me, me disse que eu era corajosa e bonita...
Ela olhou para suas mãos calejadas.
— Quando você nasceu ele ficou tão satisfeito e orgulhoso. Ele me prometeu qualquer coisa. Ele jurou pelo rio Stige. Pedi todas as riquezas que ele tinha. Ele me avisou que quanto mais grandiosos fossem os desejos,
causariam os maiores sofrimentos. Mas eu insisti. Eu imaginava viver como uma rainha — a esposa de um deus! E você... Você foi amaldiçoada.
Hazel se sentiu como se estivesse quase a ponto de explodir, tal como o cone no poço. Sua infelicidade logo se tornaria grande demais para conter, e sua pele iria se partir.
— É por isso que eu posso encontrar coisas debaixo da terra?
— E por que elas te trazem apenas tristeza. — Sua mãe fez um gesto com indiferença em torno da caverna. — É assim que ela me achou e como ela foi capaz de me controlar. Eu estava com raiva de seu pai. Eu o culpava por meus problemas. Eu culpei você. Eu estava tão amarga, eu ouvi a voz de Gaia. Eu fui uma tola.
— Tem que ter algo que possamos fazer, — disse Hazel. — Digame como pará-la.
O chão tremeu. A voz desencarnada de Gaia ecoou pela caverna.
Meu filho mais velho ascende, disse ela, a coisa mais preciosa na terra — e você o trouxe das profundezas, Hazel Levesque. Você fez-lhe um novo ser. Seu despertar não pode ser interrompido. Só uma coisa permanece.
Hazel cerrou os punhos. Ela estava apavorada, mas agora que sua mãe estava livre, ela sentiu como se ela pudesse enfrentar seu inimigo afinal. Esta criatura, esta deusa do mal, havia arruinado suas vidas. Hazel não ia
deixá-la vencer.
— Eu não vou mais te ajudar! — ela gritou.
Mas eu terminei com a sua ajuda, menina. Eu a trouxe aqui por uma única razão. Sua mãe exigiu... De incentivo.
A garganta de Hazel estava apertada.
— Mãe?
— Sinto muito, Hazel. Se você puder me perdoar, por favor, — saiba que foi só porque eu te amo. Ela prometeu deixá-la viver se... 
— Se você se sacrificar, — disse Hazel, percebendo a verdade. — Ela precisa de você para dar a sua vida de bom grado para erguer aquela... Aquela coisa.
Alcioneu, Gaia disse. O mais velho dos gigantes. Ele deve subir primeiro, e esta será sua nova pátria, longe dos deuses. Ele vai andar por estas montanhas e florestas geladas. Ele vai erguer um exército de monstros. Enquanto os deuses estão divididos, lutando uns contra os outros nesta Guerra Mundial mortal, ele enviará os seus exércitos para destruir o Olimpo.
Os sonhos da deusa da Terra eram tão poderosos, que eles se projetaram em sombras nas paredes da caverna — medonhas imagens de deslocamento de exércitos nazistas em fúria por toda a Europa, aviões
japoneses destruindo cidades americanas. Hazel finalmente compreendeu.
Os deuses do Olimpo tomariam partido na batalha como sempre fizeram em guerras humanas. Enquanto os deuses lutavam entre si a um impasse sangrento, um exército de monstros se levantaria no norte. Alcioneu
reviveria seus irmãos gigantes e iria enviá-los para conquistar o mundo. Os deuses enfraquecidos cairiam. O conflito mortal seria raivoso por décadas até que toda a civilização fosse varrida, e a deusa da terra despertasse totalmente. Gaia governaria para sempre.

Tudo isto, a deusa ronronou, porque sua mãe era gananciosa e amaldiçoou-a com o dom de encontrar riquezas. No meu estado de sono, eu precisaria de mais décadas, talvez séculos, antes que eu encontrasse o poder de ressuscitar Alcioneu sozinha. Mas agora ele vai acordar, e logo, eu serei a próxima!
Com uma certeza terrível, Hazel soube o que iria acontecer a seguir.
A única coisa que Gaia precisava era de um sacrifício — uma alma disposta a ser consumida para Alcioneu despertar. Sua mãe iria entrar na fissura e tocar no horrível cone — e ela seria absorvida.
— Hazel, vá. — A mãe dela se levantou cambaleando. — Ela vai deixá-la viver, mas você deve se apressar.
Hazel acreditava. Essa era a coisa mais horrível. Gaia honraria o negócio e deixaria Hazel viva. Hazel sobreviveria para ver o fim do mundo, sabendo que ela o causou.
— Não. — Hazel tomou sua decisão. — Eu não vou viver. Não por isso.
Ela alcançou as profundezas de sua alma. Ela chamou seu pai, o Senhor do Mundo Inferior, e convocou todas as riquezas que dormiam em seu vasto reino. A caverna tremeu. Ao redor da torre de Alcioneu, bolhas de óleo, então se agitaram e explodiram como um caldeirão fervente.
Não seja tola, Gaia disse, mas Hazel detectou preocupação no seu tom de voz, talvez até mesmo medo. Você vai destruir a si mesma por nada! Sua mãe ainda vai morrer! Hazel quase vacilou. Lembrou-se da promessa de seu pai: um dia a sua maldição seria removida, um descendente de Netuno traria a sua paz. Ele mesmo disse que ela poderia encontrar um cavalo por conta própria. Talvez esse garanhão estranho nas montanhas fosse para ela.
Mas nada disso aconteceria se ela morresse agora. Ela nunca iria ver Sammy novamente, ou retornar a Nova Orleans. Sua vida seria de treze curtos anos, anos amargos com um final infeliz.
Ela encontrou os olhos de sua mãe. Pela primeira vez, sua mãe não parecia triste ou com raiva. Seus olhos brilhavam com orgulho.
— Você foi meu presente Hazel, — disse ela. — Meu presente mais precioso. Eu fui tola em pensar que eu precisava de mais alguma coisa.
Ela beijou a testa de Hazel e abraçou-a. Seu calor deu a Hazel a coragem para continuar. Elas morreriam, mas não como sacrifícios para Gaia. Hazel instintivamente sabia que seu ato final rejeitaria o poder de Gaia. Suas almas iriam para o Mundo Inferior, e Alcioneu não se ergueria, pelo menos não ainda.
Hazel convocou o último de seus poderes. O ar tornou-se lancinantemente quente. O cone começou a afundar. Jóias e os pedaços de ouro dispararam da fissura com tal força, que as paredes da caverna
racharam e estilhaços voaram, a pele de Hazel foi atingida através da jaqueta.
Pare com isso! Gaia exigia. Você não pode impedir sua ascensão.
Na melhor das hipóteses, você vai atrasá-lo — algumas décadas. Meio século. Vocês trocariam suas vidas por isso? 
Hazel deu-lhe uma resposta.
A última noite, o corvo tinha dito.
A fissura explodiu. O telhado ruiu. Hazel afundou nos braços de sua mãe, na escuridão, enquanto o óleo enchia os seus pulmões e a ilha entrou em colapso na baía.

sexta-feira, 23 de março de 2012

16° cap de O Filho de Netuno


XVI Percy


O ALMOÇO PARECIA UM FUNERAL. Todo mundo comeu. As pessoas falaram em voz baixa. Ninguém parecia particularmente feliz. Os outros campistas continuavam olhando para Percy como se ele fosse o cadáver de honra.
Reyna fez um breve discurso desejando-lhes sorte. Octavian rasgou um Beanie Baby e pronunciou presságios sombrios e tempos difíceis pela frente, mas previu que o acampamento seria salvo por um herói inesperado (cujas iniciais eram provavelmente OCTAVIAN). Em seguida, os outros campistas partiram para as suas aulas da tarde – luta de gladiador, aulas de latim, paintball com fantasmas, a formação da águia, e uma dúzia de outras atividades que soavam melhor do que uma missão suicida. Percy seguiu Hazel e Frank para o quartel para fazer as malas.
Percy não tinha muito. Ele tinha limpado a mochila de sua viagem ao sul e manteve a maioria de seus suprimentos do Bargain Mart.
Ele pegou um novo par de calças jeans e uma camiseta roxa extra com o Intendente, além de algum néctar, ambrósia, aperitivos, um pouco de dinheiro dos mortais, e suprimentos de acampamento. No almoço, Reyna
lhe entregou um pergaminho de apresentação do pretor e do Senado do acampamento. Supostamente, qualquer legionário aposentado que eles conhecessem na viagem iria ajudá-los se eles mostrassem a carta. Ele também manteve seu colar de couro com as contas, o anel de prata, e a placa de probatio, e é claro que ele tinha Contracorrente no bolso.
Ele dobrou a camisa laranja esfarrapada e deixou-a em seu beliche.
— Eu voltarei, — disse ele. Ele se sentiu muito estúpido por falar com uma camiseta, mas ele estava realmente pensando em Annabeth, e em sua velha vida. — Eu não vou embora para sempre. Mas eu tenho que ajudar esses caras. Eles me acolheram. Eles merecem sobreviver.
A camiseta não respondeu, felizmente.
Um de seus companheiros de quarto, Bobby, deu-lhes uma carona para a fronteira do vale em Hannibal, o elefante. Das colinas, Percy pôde ver tudo abaixo. O Pequeno Tibre serpenteava entre as pastagens douradas onde os unicórnios estavam pastando. Os templos e fóruns da Nova Roma brilhavam com a luz do sol. No Campo de Marte, os engenheiros estavam trabalhando duro, derrubando os restos do forte de ontem à noite e criando barricadas para um jogo de bola da morte. Um dia normal para o Acampamento Júpiter – mas ao norte no horizonte, nuvens de tempestade estavam se reunindo. Sombras atravessavam as montanhas e Percy imaginou o rosto de Gaia chegando mais e mais perto.
Trabalhe comigo no futuro, disse Reyna. Tenho a intenção de salvar este acampamento.
Olhando para o vale, Percy entendeu por que ela se preocupava tanto. Mesmo que ele fosse novo no Acampamento Júpiter, ele sentiu um forte desejo de proteger este lugar. Um porto seguro onde semideuses
poderiam construir suas vidas – ele queria ser parte disso no futuro. Talvez não da maneira que Reyna imaginou, mas se ele pudesse compartilhar este lugar com Annabeth...
Eles saíram do elefante. Bobby desejou-lhes uma jornada segura.
Hannibal envolveu os três aventureiros com sua tromba. Então, o serviço de táxi de elefante voltou para o vale. Percy suspirou. Virou-se para Hazel e Frank e tentou pensar em algo otimista para dizer.
Uma voz familiar disse:
— Identificações, por favor.
Uma estátua de Términus apareceu no topo do morro. O rosto do deus de mármore franziu a testa, irritado. — Bem? Venham!
— Você de novo? — Percy perguntou. — Eu pensei que você apenas guardasse a cidade.
Términus bufou. — Fico feliz em ver você, também, Sr. Zombador de Regras. Normalmente, sim, eu guardo a cidade, mas para partidas internacionais eu gosto de oferecer segurança extra nas fronteiras do Acampamento. Você realmente deveria ter pedido autorização duas horas antes de seu horário de partida planejado, você sabe. Mas vamos ter que fazer isso. Agora, venha até aqui para que eu possa te revistar.
— Mas você não tem... — Percy parou. — Uh, certo.
Ele ficou ao lado da estátua sem braços. Términus realizou uma revista mental rigorosa.
— Você parece estar limpo, — Términus decidiu. — Você tem algo a declarar?
— Sim, — disse Percy. — Eu declaro que isto é estúpido.
— Humpf! Placa de probatio: Percy Jackson, Quinta Coorte, filho de Netuno. Tudo bem, vá. Hazel Levesque, filha de Plutão. Certo. Qualquer moeda estrangeira ou, hãm, metais preciosos a declarar?
— Não, — ela murmurou.
— Você tem certeza? — Términus perguntou. — Porque da última vez...
— Não!
— Bem, este é um grupo mal-humorado, — disse o deus. — Viajantes em missão! Sempre com pressa. Agora, vamos ver – Frank Zhang. Ah! Centurião? Muito bem, Frank. E esse corte de cabelo está perfeitamente de acordo com o regulamento. Eu aprovo! Já pode ir, então, Centurião Zhang. Você precisa de direções hoje?
— Não. Não, eu acho que não.
— Vá até a estação BART, — disse Términus assim mesmo. — Troque de trem em Oakland na Twelfth Street. Você quer a Estação de Fruitvale. De lá, você pode passear ou tomar o ônibus para Alameda.
— Vocês não têm um trem BART mágico ou alguma coisa assim? — Percy perguntou.
— Trens mágicos! — Términus zombou. — Você vai querer sua pista própria de segurança e um passe para o próximo saguão executivo. Basta viajar com segurança, e atento para Polybotes. Falando em transgressores da lei – bah! Eu gostaria de poder estrangulá-los com minhas próprias mãos.
— Espera... quem? — Percy perguntou.
Términus fez uma expressão de esforço, como se ele fosse flexionar seu bíceps inexistente. — Ah, bem. Basta ter cuidado com ele. Imagino que ele pode cheirar um filho de Netuno a um quilômetro de distância. Saiam, agora. Boa sorte!
Uma força invisível os chutou para além do limite. Quando Percy olhou para trás, Términus tinha ido embora. De fato, o vale inteiro tinha ido embora. Berkeley Hills parecia estar livre de qualquer acampamento romano.
Percy olhou para seus amigos. — Alguma idéia sobre o que Términus estava falando? Cuidado com os... alguma coisa política ou outra coisa?
— Poh-LIB-uh-aborrecimento? — Hazel disse o nome com cuidado.
— Nunca ouvi falar dele.
— Parece grego, — disse Frank.
— Isso já limita. — Percy suspirou. — Bem, nós provavelmente já aparecemos no radar de cheiro para cada monstro dentro de cinco milhas. É melhor entrar em movimento.
Levou duas horas para chegar nas docas em Alameda. Comparado aos últimos poucos meses de Percy, a viagem foi fácil. Nenhum monstro atacou. Ninguém olhou para Percy como se ele fosse uma criança selvagem sem-teto.
Frank tinha guardado sua lança, arco e aljava em uma longa bolsa feita para esquis. A espada de cavalaria de Hazel estava envolta em um saco de dormir e pendurada em suas costas. Juntos, os três pareciam colegiais normais em seu caminho para uma viagem durante a noite. Eles caminharam até a Estação Rockridge, compraram seus bilhetes com dinheiro de mortais, e pularam no trem BART.
Eles desceram em Oakland. Eles tiveram que caminhar por alguns bairros desagradáveis, mas ninguém os incomodou. Sempre que membros de gangues locais vinham perto o suficiente para olhar nos olhos de Percy, eles rapidamente desviavam. Ele aperfeiçoou seu olhar de lobo ao longo dos últimos meses – um olhar que dizia: Por pior que você pense que é, eu sou pior. Depois de estrangular monstros marinhos e atropelar górgonas em um carro de polícia, Percy não estava com medo de gangues. Praticamente mais nada no mundo mortal o assustava.
No final da tarde, eles conseguiram chegar nas docas de Alameda. Percy olhou para a Baía de São Francisco e respirou o ar do mar salgado.
Imediatamente ele se sentiu melhor. Este era o domínio de seu pai. Em tudo o que enfrentassem, ele teria vantagem, enquanto eles estivessem no mar.
Dezenas de barcos estavam atracados nas docas – desde iates de quinze metros à barcos de pesca de três metros. Ele examinou procurando por algum tipo de barco mágico – um navio trirreme, talvez, ou um navio de guerra com cabeça de dragão que ele tinha visto em seu sonho.
— Hum... vocês sabem o que estamos procurando?
Hazel e Frank balançaram a cabeça.
— Eu nem sabia que tínhamos uma marinha. — Hazel soou como se ela desejasse que não houvesse uma.
— Oh... — Frank apontou. — Você não acha que...?
No final da doca estava um barco pequeno, como um bote, coberto por uma lona roxa. Bordado em ouro, desbotado ao longo da lona estava S.P.Q.R.
A confiança de Percy vacilou. — De jeito nenhum.
Ele descobriu o barco, com as mãos trabalhando nos nós como se ele tivesse feito isso a vida inteira. Sob a lona estava um velho barco de aço sem remos. O barco tinha sido pintado de azul escuro em algum momento, mas o casco estava tão incrustado de alcatrão e sal que parecia um enorme hematoma náutico.
Na proa, o nome Pax ainda era legível, com letras em ouro. Olhos pintados caíam tristemente no nível da água, como se o barco estivesse prestes a adormecer. A bordo estavam dois bancos, um pouco de lã de aço, um refrigerador velho, e um monte de corda desgastada com uma extremidade ligada à amarração. Na parte inferior do barco, uma sacola plástica e duas latas de Coca-Cola vazias flutuavam em vários centímetros de água espumosa.
— Veja, — disse Frank. — A poderosa marinha romana.
— Tem que ser um erro, — disse Hazel. — Isso é um pedaço de lixo.
Percy imaginou Octavian rindo deles, mas ele decidiu não deixar-se rebaixar. O Pax ainda era um barco. Ele pulou a bordo, e o casco zumbiu debaixo de seus pés, respondendo à sua presença. Ele recolheu o lixo do
refrigerador e colocou-o na doca. Ele desejou que a água espumosa fluísse sobre os lados e para fora do barco. Então ele apontou para a lã de aço e ela voou pelo chão, lavando e polindo tão rápido que o aço começou a fumegar.
Quando acabou, o barco estava limpo. Percy apontou para a corda, e a desatou do cais.
Sem remos, mas isso não importava. Percy podia dizer que o barco estava pronto para se mover, apenas aguardando o seu comando.
— Vou fazer isso, — disse ele. — Pulem para dentro.
Hazel e Frank pareciam um pouco atordoados, mas eles subiram a bordo. Hazel parecia especialmente nervosa. Quando se estabeleceram nos assentos, Percy se concentrou, e o barco deslizou para longe do cais. Juno estava certa, você sabe. A voz sonolenta de Gaia sussurrou na mente de Percy, assustando-o tanto que o barco balançou.
Você poderia ter escolhido uma nova vida no mar. Você estaria salvo de mim lá. Agora é tarde demais. Você escolheu dor e miséria. Você faz parte do meu plano agora – meu pequeno peão importante.
— Saia do meu navio, — Percy rosnou.
— Uh, o quê? — Frank perguntou.
Percy esperou, mas a voz de Gaia estava em silêncio.
— Nada, — disse ele. — Vamos ver o que este barco pode fazer.
Ele virou o barco para o norte, e em nenhum momento eles foram em excesso de velocidade avançando em quinze nós, rumo à Ponte Golden Gate.

15 cap de O filho de Netuno :)

espero q vcs gostem deu muito trabalho

   XV Percy


PERCY FICOU CONTENTE POR CONTRACORRENTE ter retornado ao seu bolso. A julgar pelo expressão de Reyna, ele pensou que poderia precisar defender-se.
Ela invadiu a principia com seu manto púrpura ondulante, e seus galgos a seus pés. Percy estava sentado em uma das cadeiras de pretor, a qual ele tinha puxado para o lado do visitante, o que talvez não fosse a coisa certa a fazer. Ele começou a se levantar.
— Fique sentado, — rosnou Reyna. — Você sai depois do almoço. Temos muito a discutir.
Ela jogou sua adaga para baixo com tanta força que a tigela de jellybean chacoalhou. Aurum e Argentum romaram seus lugares em sua esquerda e direita e seus olhos de rubi se fixaram em Percy.
— O que eu fiz de errado? — Percy perguntou. — Se é sobre a cadeira...
— Não é você. — Reyna fez uma careta. — Eu odeio reuniões do Senado. Quando Octavian fica falando...
Percy assentiu. — Você é uma guerreira. Octavian é um locutor. Coloque-o na frente do Senado, e de repente ele se torna o poderoso. Ela estreitou os olhos. 
— Você é mais esperto do que parece.
— Puxa, obrigado. Ouvi que Octavian pode ser eleito pretor, assumindo que o acampamento sobreviva tempo suficiente.
— O que nos leva ao tema do dia do juízo final, — Reyna disse, — e como você pode ajudar a preveni-lo. Mas antes de eu colocar o destino do Acampamento Júpiter em suas mãos, precisamos deixar algumas coisas claras.
Ela se sentou e colocou um anel na mesa – um elo de prata gravado com um desenho de espada-e-tocha, como a tatuagem de Reyna.
— Você sabe o que é isto?
— O sinal da sua mãe, — disse Percy. — A... hum, a deusa da guerra. — Ele tentou lembrar o nome, mas ele não queria errar. — Alguma coisa como Bolonhesa. Ou salame?
— Belona, sim. — Reyna examinou-o cuidadosamente. — Você não se lembra onde você viu este anel  antes? Você realmente não se lembra de mim ou da minha irmã, Hylla?
Percy balançou a cabeça. — Sinto muito.
— Teria sido há quatro anos.
— Pouco antes que você viesse para o acampamento.
Reyna franziu a testa. — Como você...?
— Você tem quatro listras em sua tatuagem. Quatro anos.
 Reyna olhou para seu antebraço.
— É claro. Parece há muito tempo. Eu suponho que você não se lembraria de mim mesmo se você tivesse sua memória. Eu era apenas uma menina – e uma atendente entre tantas outras no spa. Mas você falou com minha irmã, pouco antes de você e aquela outra, Annabeth, destruírem a nossa casa.
Percy tentou se lembrar. Ele realmente fez isso. Por alguma razão, Annabeth e ele tinham visitado um spa e decidido destruí-lo. Ele não podia imaginar por quê. Talvez eles não tivessem gostado da massagem? Talvez eles tenham recebido manicures ruins?
— É um espaço em branco, — disse ele. — Desde que seus cães não estão me atacando, eu espero que você acredite em mim. Eu estou dizendo a verdade.
Aurum e Argentum rosnaram. Percy teve a sensação de que eles estavam pensando, Por favor, minta. Por favor, minta.
Reyna bateu de leve no anel de prata.
— Eu acredito que você seja sincero, — disse ela. — Mas nem todos no acampamento acreditam. Octavian acha que você é um espião. Ele acha que você foi enviado aqui por Gaia para encontrar nossas fraquezas e nos distrair. Ele acredita nas antigas lendas sobre os gregos.
— Antigas lendas?
A mão de Reyna descansava a meio caminho entre sua adaga e os jelly beans. Percy teve a sensação de que se ela fizesse um movimento repentino, não seria para pegar os doces.
— Alguns acreditam que semideuses gregos ainda existem, — disse ela. — Heróis que seguem as formas mais antigas dos deuses. Há lendas de batalhas entre heróis romanos e gregos em tempos relativamente modernos – a Guerra Civil Americana, por exemplo. Eu não tenho nenhuma prova disso, e se os nossos Lares sabem qualquer coisa, eles se recusam a dizer. Mas Octavian acredita que os Gregos ainda estão por aí, traçando nossa queda, trabalhando com as forças de Gaia. Ele acha que você é um deles.
— É nisso que você acredita?
— Eu acredito que você veio de algum lugar, — disse ela. — Você é importante, e perigoso. Dois deuses tomaram um interesse especial em você desde que chegou, então eu não posso acreditar que você trabalha
contra o Olimpo... ou Roma. — Ela deu de ombros. — É claro, eu poderia estar errada. Talvez os deuses o enviaram aqui para testar o meu juízo. Mas eu acho... Eu acho que você foi mandado aqui para compensar a perda de Jason.
Jason... Percy não podia ir muito longe neste acampamento, sem ouvir esse nome.
— A maneira como você fala sobre ele... — Percy disse. — Vocês dois eram um casal?
Reyna olhou aborrecida para ele – com os olhos de um lobo faminto. Percy tinha visto lobos famintos o suficiente para saber.
— Nós poderíamos ter sido, — Reyna disse, — se tivesse dado tempo. Pretores trabalham em conjunto. É comum que eles tornem-se romanticamente envolvidos. Mas Jason foi pretor por apenas alguns meses antes do seu desaparecimento. Desde então Octavian tem insistido comigo, agitando para novas eleições. Eu tenho resistido. Eu preciso de um parceiro no poder – mas eu prefiro alguém como Jason. Um guerreiro, não um
conspirador.
Ela esperou. Percy percebeu que ela estava enviando-lhe um convite silencioso.
Sua garganta ficou seca. — Oh... você quer dizer... oh.
— Eu acredito que os deuses lhe enviaram para me ajudar, — disse Reyna. — Eu não entendo de onde você veio, mais do que eu entendi há quatro anos. Mas eu acho que sua chegada é algum tipo de reembolso. Você destruiu minha casa uma vez. Agora você foi enviado para salvar a minha casa. Eu não guardo rancor contra você pelo passado, Percy. Minha irmã te odeia ainda, é verdade, mas o destino me trouxe aqui para o Acampamento Júpiter. Eu fiz bem. Tudo que eu peço é que você trabalhe comigo no futuro.
Tenho a intenção de salvar este acampamento.
Os cães de metal olharam para ele, suas bocas congeladas no modo de rosnado. Percy encontrou os olhos Reyna, ficou muito mais difícil de aceitar.
— Olha, eu vou ajudar, — prometeu. — Mas eu sou novo aqui.
Você tem um monte de gente boa que conhece sobre o Acampamento melhor do que eu. Se tivermos sucesso nesta busca, Hazel e Frank serão heróis. Você poderia pedir a um deles...
— Por favor, — disse Reyna. — Ninguém vai seguir um filho de Plutão. Há algo sobre essa garota... rumores sobre de onde ela veio... Não, ela não. Quanto a Frank Zhang, ele tem um bom coração, mas ele é
irremediavelmente ingênuo e inexperiente. Além disso, se os outros descobrirem sobre a história de sua família nesse acampamento...
— História da família?
— O ponto é, Percy, que você é o verdadeiro comando nessa missão. Você é um veterano. Eu vi o que você pode fazer. Um filho de Netuno não seria minha primeira escolha, mas se você retornar com sucesso desta missão, a legião pode ser salva. A pretoria será sua por mérito. Juntos, você e eu podemos expandir o poder de Roma. Nós poderíamos levantar um exército e encontrar as Portas da Morte, esmagar as forças de Gaia de uma vez por todas. Você iria se tornar para mim um... amigo muito útil.
Ela disse essa palavra como se pudesse ter vários significados, e ele pudesse escolher qual deles.
O pé de Percy começou a bater no chão, ansioso para correr.
— Reyna... Sinto-me honrado, e tudo mais. Sério. Mas eu tenho uma namorada. E eu não quero poder, ou uma pretoria.
Percy temeu que ele a deixasse furiosa. Ao contrário, ela apenas ergueu as sobrancelhas.
— Um homem que recusa o poder? — Disse. — Isso não é muito romano. Basta pensar nisso. Em quatro dias, eu tenho que fazer uma escolha.
Se lutarmos contra uma invasão, nós precisamos ter dois pretores fortes. Eu prefiro você, mas se você falhar em sua missão, ou não voltar, ou se recusar a minha oferta... Bem, eu irei trabalhar com Octavian. Quero dizer para salvar este acampamento, Percy Jackson. As coisas estão piores do que você imagina.
Percy se lembrou do que Frank disse sobre os ataques de monstros cada vez mais frequentes. — Quão ruins?
As unhas de Reyna escavaram a mesa. — Mesmo o Senado não sabe toda a verdade. Eu pedi para Octavian não compartilhar seus presságios, ou teríamos pânico em massa. Ele previu um grande exército marchando para o sul, mais do que podemos possivelmente derrotar. Eles são liderados por um gigante...
— Alcioneu?
— Eu acho que não. Se ele é verdadeiramente invulnerável no Alasca, ele seria tolo de vir aqui. Deve ser um de seus irmãos.
— Ótimo, — disse Percy. — Então, temos dois gigantes com que se preocupar.
A pretora assentiu. — Lupa e seus lobos estão tentando atrasá-los, mas isso é demais até para eles. O inimigo estará aqui em breve – na Festa da Fortuna, ou antes.
Percy estremeceu. Ele tinha visto Lupa em ação. Ele sabia tudo sobre a deusa lobo e seu bando. Se esse inimigo era muito poderoso para Lupa, o Acampamento Júpiter não tinha chance.
Reyna leu sua expressão. — Sim, é ruim, mas não sem esperança. Se você conseguir trazer de volta a nossa águia, se você libertar a morte para que possamos realmente matar nossos inimigos, então nós temos uma
chance. E há mais uma possibilidade...
Reyna deslizou o anel de prata sobre a mesa. — Eu não posso te dar muita ajuda, mas sua jornada vai levá-lo perto de Seattle. Eu estou lhe pedindo um favor, que também pode ajudá-lo. Encontre a minha irmã Hylla.
— Sua irmã... a que me odeia?
— Oh, sim, — concordou Reyna. — Ela adoraria te matar. Mas mostre a ela o anel com o meu símbolo, e pode ser que ela te ajude.
— Pode ser?
— Eu não posso falar por ela. Na verdade... — Reyna franziu a testa.
— Na verdade eu não falo com ela por semanas. Ela está em silêncio. Com esse exército passando...
— Você quer que eu dê uma olhada nela, — disse Percy adivinhando. — Tipo ter certeza que ela está bem.
— Parcialmente, sim. Eu não posso imaginar que ela foi superada. Minha irmã tem uma força poderosa. Seu território é bem defendido. Mas se você puder encontrá-la, ela poderia oferecer-lhe uma valiosa ajuda. Isso
pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso em sua missão. E se você contar a ela o que está acontecendo aqui...
— Ela poderia enviar ajuda? — Percy perguntou.
Reyna não respondeu, mas Percy pôde ver o desespero em seus olhos. Ela estava aterrorizada, agarrando qualquer coisa que pudesse salvar seu acampamento. Não é à toa que ela queria a ajuda de Percy. Ela era a
única pretora. A defesa do acampamento repousava sobre os seus ombros sozinha.
Percy pegou o anel. — Vou encontrá-la. Onde ela está? Que tipo de força ela tem?
— Não se preocupe. Basta ir a Seattle. Eles vão te encontrar. 
Isso não soou encorajador, mas Percy colocou o anel em seu colar de couro com suas contas e sua placa de probatio. — Deseje-me sorte.
— Lute bem, Percy Jackson, — disse Reyna. — E obrigado.
Ele pôde dizer que a audiência tinha acabado. Reyna estava tendo problemas para manter-se firme, manter a imagem de comandante confiante.
Ela precisava de algum tempo para si mesma.
Mas na porta da principia, Percy não pôde resistir e voltou. — Como é que nós destruímos sua casa – aquele spa onde você viveu?
Os galgos de metal rosnaram. Reyna estalou os dedos para silenciálos.
— Você destruiu o poder da nossa soberana, — disse ela. —Você libertou alguns presos, que se vingaram de todos nós que viviam na ilha. Minha irmã e eu... bem, nós sobrevivemos. Foi difícil. Mas à longo prazo,
acho que estamos em melhor situação longe daquele lugar.
— Ainda assim, sinto muito, — disse Percy. — Se eu te machuquei, me desculpe.
Reyna olhou para ele por um longo tempo, como se tentasse traduzir suas palavras. — Um pedido de desculpas? Não muito romano, Percy Jackson. Você seria um pretor interessante. Espero que você pense sobre a minha oferta.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O Herói perdido em quadrinhos


GALERA! O primeiro livro da série Os Heróis do Olimpo, O Herói Perdido, será adaptado para os quadrinhos, assim O Ladrão de Raios! Veja o texto a seguir:
O desenhista de Sweet Tooth, Nate Powell, ficará responsável pelos desenhos da adaptação gráfica do livro de Rick Riordan, O Herói Perdido.
(…)
O autor de X-O Manowar, Robert Venditti, controlará as funções da escrita no projeto. Hyperion Books, a empresa por trás das novelas originais, está dentro como editora.
(…)
Powell disse: “Estou animado e honrado por estar trabalhando junto com Rob nesse projeto.”
(…)
A HQ de O Herói Perdido será lançada em agosto de 2014 nos EUA.
Empolgados?

Esse texto foi adaptado. O texto original vc encontra em : PJ BR

Oi pessoinhas do meu coração

É o seguinte pessoal não tem muitas coisas acontecendo no mundo de PJ :( 

Mas para quem gosta do filme de PJ a gravação de O Mar de Monstros vai começar  dia 16 de abril e devem durar até o dia 12 de julho.Os atores já confirmados são:
  •  Logan Lerman (Percy)
  • Alexandra Daddario ( Annabeth)
  • Brandon . T. Jackson ( Grover)
  • Jake Abel ( Luke)
  • Nathan Fillion ( Deus Hermes)
  •  C. Ernst Harth (personagem sem confirmação, provalvelmente Dionisio)
  • Robert Maillet ( Polifemo)
  •  Missi Pyle, Yvette Nicole Brown, Mary Birdsong (as parcas)
  • Douglas Smith (sem personagem confirmado, mas possivelmente Tyson) 

terça-feira, 20 de março de 2012

aniversário de Tio Rick

Nova promoção do site PjBR!
Hoje vamos falar de um projeto que queremos fazer há algum tempo: o PJ-BR quer se juntar aos fãs de TODO o Brasil para montar um presente de aniversário bem legal para nosso querido autor Rick Riordan (que comemora o aniversário no dia 5 de Julho)!
Muitos podem dizer que ainda tem muito tempo até o aniversário do Rick Riordan, mas o quanto antes divulgarmos isso, mais fãs poderão participar!
Queremos montar uma PASTA RECHEADA DE FAN-ARTS para o autor! E se for possível, enviar alguns outros presentes para ele.
Porque fan-art? Escolhemos a fan-art porque o Rick Riordan sempre comenta que adora receber desenhos e porque assim, todos os fãs do autor podem transmitir mensagens maravilhosas, mesmo sem falar inglês fluente!
COMO PARTICIPAR?
Faça uma fan-art sobre Percy Jackson, as Crônicas dos Kane ou sobre outras coisas relacionadas ao Rick Riordan (fan-arts com conteúdo ofensivo não serão aceitas!).
Coloque seu nome completo na fan-art e, se quiser, escreva uma frase/mensagem para o autor (a mensagem deve ser em inglês).
Envie sua fan-art para o endereço:
Nanda Siepierski
Percy Jackson BR
Caixa Postal: 1833
CEP: 30331-970
Belo Horizonte-MG
Cada pessoa poderá enviar até 3 desenhos para a pasta, não aceitaremos mais que isso para garantir que todos tenham um espacinho! Não aceitaremos fan-arts por e-mail!
Enviaremos a pasta e qualquer outro presente no dia 15 DE JUNHO! Lembrem-se de que os Correios podem demorar até 15 dias para entregar uma carta, então o quanto antes vocês começarem a trabalhar e enviarem os desenhos, mais certeza terá de que seu desenho estará na pasta.
Fã-clubes e fãs que quiserem ajudar de outras maneiras, entrem em contato (fiquem a vontade para incluírem sugestões): nanda@percyjacksonbr.com! Toda a ajuda é sempre bem-vinda!
Mãos à obra para montarmos um lindo presente pro tio Rick?