sábado, 3 de março de 2012

12° cap de O filho de Netuno

Cupcakes! esse cap tem muita emoção! preparem seus corações :)

XII Frank

DEPOIS DISSO, A BATALHA FICOU CONFUSA.
Frank, Percy e Hazel uniram-se por causa do inimigo, levando abaixo todos que estivessem em seu caminho. A Primeira e a Segunda Coortes – orgulho do Acampamento Júpiter, uma bem lubrificada, máquina de guerra altamente disciplinada – desmoronou sob o ataque e a novidade absoluta de estar no lado perdedor.
Parte do seu problema era Percy. Ele lutou como um demônio, rodopiando através das fileiras dos defensores em um estilo pouco ortodoxo, rolando sob seus pés, cortando com sua espada em vez de esfaquear como um romano faria, golpeando campistas com a palma da sua lâmina, e, geralmente, causando pânico em massa. Octavian gritou com uma voz estridente – talvez ordenando que a Primeira Coorte se mantivesse firme,
talvez tentando cantar como um soprano – mas Percy pôs um fim a isso. Ele saltou sobre uma linha de escudos e bateu a coronha da sua espada no capacete de Octavian. O centurião desmoronou como um fantoche.
Frank disparou flechas até sua aljava estar vazia, usando flechas com ponta arredondada que não matariam, mas deixariam alguns hematomas desagradáveis. Ele quebrou o pilo sobre a cabeça de um defensor, então relutantemente puxou o gládio.
Enquanto isso, Hazel escalou sobre as costas de Hannibal. Ela foi carregada na direção do centro da fortaleza, sorrindo para seus amigos. — Vamos, molengas!
Deuses do Olimpo, ela é linda, Frank pensou. Eles correram para o centro da base. A fortaleza interior estava praticamente desprotegida. Obviamente nunca os defensores sonharam que um ataque iria chegar tão longe. Hannibal arrebentou as portas enormes. No interior, os porta-estandartes das Coortes Primeira e Segunda estavam assentados em torno de uma mesa de jogo Mitomagia com cartões e figurinhas. Os estandartes das Coortes estavam apoiados descuidadamente contra uma parede.
Hazel e Hannibal andaram direto para a sala, e os porta-estandartes caíram para trás de suas cadeiras. Hannibal pisou em cima da mesa, e peças do jogo espalharam-se.
No momento que o restante da Coorte os alcançou, Percy e Frank haviam desarmado os inimigos, capturado os estandartes, e Hazel subiu nas costas de Hannibal. Eles marcharam para fora do castelo triunfantemente com as cores do inimigo.
A Quinta Coorte formou fileiras em torno deles. Juntos, eles desfilaram para fora do forte, passando por inimigos atordoados e linhas de aliados igualmente mistificados.
Reyna circulou baixo sobre as cabeças em seu pégaso.
— O jogo está ganho! — Ela parecia como se ela estivesse tentando não rir. — Reúnam-se para as honras!
Lentamente, os campistas se reagruparam no Campo de Marte.
Frank viu a abundância de pequenas lesões – algumas queimaduras, ossos quebrados, olhos roxos, cortes e arranhões, além de um monte de penteados interessantes por causa do fogo e dos canhões de água explodindo – mas nada que não pudesse ser corrigido. 
Ele escorregou do elefante. Seus camaradas cercaram-no, batendo em suas costas e elogiando-o. Frank perguntou se ele estava sonhando. Foi a melhor noite de sua vida – até que viu Gwen.
— Ajudem! — Alguém gritou. Um par de campistas correu para fora da fortaleza, carregando uma menina em uma maca. Eles colocaram-na no chão, e outras crianças começaram a correr muito. Mesmo à distância,
Frank poderia dizer que era Gwen. Ela estava em péssimo estado. Ela estava deitada de lado na maca com um pilo saindo de sua armadura – quase como se estivesse segurando-o entre o peito e o braço, mas não havia muito sangue.
Frank balançou a cabeça em descrença. — Não, não, não... — ele murmurou enquanto corria para o lado dela.
Os médicos berraram para todos afastarem-se para dar-lhe ar. Toda a legião calou-se enquanto os curandeiros trabalhavam, tentando colocar gaze e chifre de unicórnio em pó sob a armadura de Gwen para parar o sangramento, tentando forçar algum néctar em sua boca. Gwen não se moveu. Seu rosto estava cinza pálido.
Finalmente, um dos médicos olhou para Reyna e balançou a cabeça.
Por um momento, não houve nenhum som, exceto a água dos canhões em ruínas escorrendo pelas paredes do forte. Hannibal aninhou o cabelo de Gwen com sua tromba.
Reyna encarou os campistas de seu pégaso. Sua expressão era tão dura e escura quanto o ferro. — Haverá uma investigação. Quem fez isso, você custou à legião um bom oficial. A morte honrosa é uma coisa, mas isto...
Frank não tinha certeza do que ela quis dizer. Então ele percebeu a marca gravada na haste de madeira do pilo: CHT I LEGIO XII F. A arma pertencia à Primeira Coorte, e a ponta estava saindo na frente de sua armadura. Gwen foi atingida por trás – possivelmente após o jogo ter terminado.
Frank examinou a multidão à procura de Octavian. O centurião estava assistindo com mais interesse do que preocupação, como se ele estivesse examinando um dos seus estúpidos eviscerados ursos empalhados.
Ele não tinha um pilo.
O sangue rugiu nos ouvidos de Frank. Ele queria estrangular Octavian com as próprias mãos, mas naquele momento, Gwen engasgou. 
Todo mundo recuou. Gwen abriu os olhos. A cor voltou ao seu rosto. — O qu... o que foi? — Ela piscou. — O que todo mundo está olhando? — Ela não parecia notar o arpão de 2 metros saindo através de seu peito.
Atrás de Frank, um médico sussurrou:
— Não tem como. Ela estava morta. Ela tinha que estar morta.
Gwen tentou sentar-se, mas não conseguiu. — Havia um rio, e um homem perguntando... por uma moeda? Virei-me e a porta de saída estava aberta. Então, eu só... Eu só entrei. Não estou entendendo. O que aconteceu?
Todo mundo olhou para ela com horror. Ninguém tentou ajudar.
— Gwen. — Frank se ajoelhou ao lado dela. — Não tente se levantar. Basta fechar os olhos por um segundo, ok?
— Por quê? O que...
— Basta confiar em mim.
Gwen fez o que ele pediu. Frank pegou o eixo do pilo abaixo de sua ponta, mas suas mãos tremiam. A madeira estava escorregadia. — Percy, Hazel... ajudem-me.
Um dos médicos percebeu o que ele estava planejando. — Não! - ele disse. — Você pode...
— O quê? — Hazel agarrou. — Piorar?
Frank respirou fundo. — Segurem-na firme. Um, dois, três!
Ele puxou o pilo pela frente. Gwen nem sequer estremeceu. O sangramento parou rapidamente.
Hazel se abaixou para examinar a ferida. — Está fechando por si só — disse ela. — Eu não sei como, mas...
— Eu me sinto bem — Gwen protestou. — Por que está todo mundo preocupado?
Com a ajuda de Frank e Percy, ela ficou de pé. Frank olhou furioso para Octavian, mas o rosto do centurião era uma máscara de preocupação educada.
Mais tarde, Frank pensou. Lidar com ele mais tarde.
— Gwen, — Hazel disse gentilmente. — Não há nenhuma maneira fácil de dizer isso. Você estava morta. De alguma forma você voltou. 
— Eu... o quê? — Ela tropeçou em Frank. Sua mão pressionada contra o furo irregular em sua armadura. — Como... como?
— Boa pergunta. — Reyna virou-se para Nico, que estava assistindo severamente da borda da multidão. — Este é algum poder de Plutão?
Nico sacudiu a cabeça.
— Plutão nunca permite que as pessoas retornem dos mortos.
Ele olhou para Hazel como aviso para ela ficar quieta. Frank se perguntou o que era, mas ele não tinha tempo para pensar nisso. Uma voz de trovão rolou pelo campo: a Morte perde sua posse. Este é apenas o começo.
Os campistas tiraram as armas. Hannibal alardeou nervosamente.
Scipio empinou-se, quase jogando Reyna.
— Eu conheço esta voz, — disse Percy. Ele não soava satisfeito. No meio da legião, uma coluna de fogo explodiu no ar. O calor queimou os cílios de Frank. Os campistas que tinham sido encharcados pelos canhões encontraram suas roupas instantaneamente secas a vapor. Todos foram forçados para trás quando um soldado enorme saiu da explosão.
Frank não tinha muito cabelo, mas o que ele tinha se eriçou. O soldado tinha três metros de altura, vestido como um camuflado das Forças Canadenses do deserto. Ele irradiava confiança e poder. Seu cabelo preto era
cortado em uma cunha no topo achatado como o de Frank. Seu rosto era anguloso e brutal, marcado com cicatrizes antigas. Seus olhos estavam cobertos com óculos infravermelhos que brilhavam no interior. Ele
usava um cinto de utilidades com uma arma, uma faca na bainha e várias granadas. Em suas mãos estava um enorme rifle M16.
O pior era que Frank se sentiu atraído por ele. Quando todos os outros recuaram, Frank deu um passo adiante. Ele percebeu que o soldado estava silenciosamente querendo que ele se aproximasse.
Frank desesperadamente queria fugir e se esconder, mas não podia. Ele deu mais três passos. Então ele caiu em um joelho.
Os outros campistas seguiram seu exemplo e se ajoelharam. Até mesmo Reyna desmontou.
— Isso é bom, — disse o soldado. — Ajoelhar é bom. Já tem um longo tempo desde que eu visitei o Acampamento Júpiter.
Frank percebeu que uma pessoa não estava ajoelhada. Percy Jackson, sua espada ainda na mão, estava olhando para o soldado gigante.
— Você é Ares, — disse Percy. — O que você quer?
Um suspiro coletivo subiu de 200 campistas e de um elefante. Frank queria dizer alguma coisa para desculpar Percy e aplacar o deus, mas ele não sabia o quê. Ele temia que o deus da guerra fosse explodir seu novo
amigo com esse M16 extragrande. Em vez disso, o deus mostrou os brilhantes dentes brancos.
— Você tem coragem, semideus — disse ele. — Ares é a minha forma grega. Mas, para esses seguidores, para as crianças de Roma, eu sou Marte – patrono do império, pai divino de Rômulo e Remo.
— Nós nos encontramos, — disse Percy. — Nós... nós tivemos uma briga...
O deus coçou o queixo, como se tentasse se lembrar. — Eu lutei contra um monte de gente. Mas garanto-vos você nunca lutou comigo como Marte. Se você tivesse, você estaria morto. Agora, ajoelhe-se, como convém a uma criança de Roma, antes de testar a minha paciência. 
Ao redor dos pés de Marte, o chão fervia em um círculo de fogo.
— Percy, - Frank disse. — Por favor.
Percy claramente não gostou, mas ele se ajoelhou.
Marte examinou a multidão. — Romanos, emprestem-me seus ouvidos! — Ele riu – um riso bom, baixo, saudável e tão contagiante que quase fez Frank sorrir, embora ele ainda estivesse tremendo de medo. —
Eu sempre quis dizer isso. Eu venho do Olimpo com uma mensagem. Júpiter não gosta que nós nos comuniquemos diretamente com os mortais, especialmente hoje em dia, mas ele permitiu essa exceção, já que
vocês romanos sempre foram o meu povo especial. Eu só estou autorizado a falar por alguns minutos, então ouçam.
Ele apontou para Gwen. — Ela devia estar morta, mas ela não está. Os monstros com os quais vocês lutam não retornam mais para o Tártaro quando eles são mortos. Alguns mortais que morreram há muito tempo estão
agora caminhando na terra novamente.
Foi a imaginação de Frank, ou o deus fitou Nico di Angelo?
— Tânatos foi acorrentado, — Marte anunciou. — As Portas da Morte foram arrombadas, e ninguém está policiando-a – pelo menos, não de forma imparcial. Gaia permite que nossos inimigos entrem no mundo dos
mortais. Seus filhos, os gigantes estão reunindo exércitos contra vocês – exércitos que vocês não serão capazes de matar. A menos que a Morte seja libertada para voltar aos seus deveres, vocês vão ser invadidos. Vocês devem encontrar Tânatos e libertá-lo dos gigantes. Só ele pode reverter a maré.
Marte olhou ao redor, e percebeu que todo mundo ainda estava em silêncio ajoelhado. — Oh, vocês podem começar agora. Alguma pergunta?
Reyna se levantou inquieta. Ela aproximou-se do deus, seguida por Octavian, que estava se curvando e fazendo reverências como um campeão ordinário.
— Lorde Marte, — disse Reyna. — Estamos honrados.
— Além de honrados, — disse Octavian. — Muito além de honrados...
— Bem? — Marte esperou.
— Bem, — disse Reyna. — Tânatos é o deus da morte, o tenente de Plutão?
— Certo, — disse o deus.
— E você está dizendo que ele foi capturado pelos gigantes.
— Certo.
— E, portanto, as pessoas vão parar de morrer?
— Nem todos ao mesmo tempo, — disse Marte. — Mas a barreira entre a vida e a morte continuará a se enfraquecer. Aqueles que sabem como tirar proveito disso vão explorá-la. Monstros já são mais difíceis de
despachar. Em breve eles serão completamente impossíveis de matar. Alguns semideuses também serão capazes de encontrar o seu caminho de volta do Mundo Inferior– como sua amiga Centurião Shish kebab.
Gwen fez uma careta. — Centurião Shish kebab?
— Se não for controlada, — Marte continuou. — Até mesmo mortais acabarão por achar que é impossível  morrer. Você consegue imaginar um mundo em que ninguém morre... nunca?
Octavian levantou a mão. — Mas, ah, todo-poderoso Senhor Marte, se nós não pudermos morrer, não será uma coisa boa? Se pudermos permanecer vivos indefinidamente...
— Não seja tolo rapaz! — Marte berrou. — Matança sem fim, sem
uma conclusão? Carnificina sem nenhuma razão? Inimigos que se levantam de novo e de novo e nunca podem ser mortos? É isso que você quer?
— Você é o deus da guerra, — Percy falou. — Você não quer carnificina sem fim?
Os óculos infravermelhos de Marte resplandeceram mais brilhantes.
— Insolente, não é? Talvez eu tenha lutado com você antes. Eu posso entender porque eu quero te matar. Eu sou o deus de Roma, filho. Eu sou o deus da força militar usada para uma causa justa. Eu protejo as legiões. Fico feliz por esmagar os meus inimigos debaixo dos pés, mas eu não luto sem motivo. Eu não quero uma guerra sem fim. Você vai descobrir isso. Você irá me servir.
— Não é provável — disse Percy.
Mais uma vez, Frank esperou o deus assassiná-lo, mas Marte apenas sorriu como se fossem dois velhos amigos conversando baboseiras.
— Eu solicitei uma busca! — O deus anunciou. — Vocês irão para o norte e encontrarão Tânatos, na terra além dos deuses. Vocês irão libertá-lo e frustrar os planos dos gigantes. Cuidado com Gaia! Cuidado com seu filho,
o mais velho gigante!
Ao lado de Frank, Hazel emitiu um som guinchando. — A terra para além dos deuses?
Marte olhou para ela, seu punho apertando sua M16. — É isso mesmo, Hazel Levesque. Você sabe o que eu quero dizer. Todo mundo aqui se lembra da terra onde a legião perdeu sua honra! Talvez se a busca for
bem sucedida, e vocês retornarem para a Festa da Fortuna... Talvez então a sua honra seja restaurada. Se você não conseguir, não haverá qualquer Acampamento de treinamento para voltar. Roma será superada, seu legado perdido para sempre. Portanto, meu conselho é: não falhem.
Octavian de alguma forma conseguiu se curvar ainda mais. — Hum, Lorde Marte, apenas uma coisa minúscula. A busca exige uma profecia, um poema místico para nos guiar! Nos os obtemos a partir dos livros Sibilinos, mas agora o Áugure a usará para recolher o desejo dos deuses. Então, se eu pudesse correr e obter cerca de setenta animais empalhados e possivelmente uma faca...
— Você é o Áugure?— O deus interrompeu.
—Si... sim, meu senhor.
Marte retirou um pergaminho de seu cinto de utilidades. — Alguém tem uma caneta?
Os legionários olharam para ele. Marte suspirou. — Duzentos romanos, e ninguém tem uma caneta? Não importa!
Ele jogou a M16 em suas costas e tirou uma granada de mão. Houve muitos romanos gritando. Então a granada se transformou em uma caneta esferográfica, e Marte começou a escrever. Frank olhou para Percy com os olhos arregalados. Ele murmurou: Sua espada pode virar granada?
Percy murmurou de volta: Não. Cale a boca.
— Aqui! — Marte terminou de escrever no pergaminho e jogou para Octavian. — A profecia. Você pode adicioná-la à seus livros, gravá-la em seu piso, o que quiser.
Octavian leu o pergaminho. — Aqui diz, ‘Vá para o Alasca. Encontre Tânatos e liberte-o. Volte no pôr do sol de 24  de junho ou morra’. 
— Sim — disse Marte. — Não está claro?
— Bem, meu senhor... normalmente profecias não são claras. Elas estão envolvidas em enigmas. Elas rimam e...
Marte casualmente estalou outra granada para fora de seu cinto. — Sim?
— A profecia é clara! — Octavian anunciou. — A missão!
—Boa resposta. — Marte bateu a granada no queixo. — Agora, o que mais? Havia algo mais... Oh, sim.
Ele virou-se para Frank. — Vem cá, garoto.
Não, Frank pensou. O bastão queimado no bolso do casaco pareceu mais pesado. Suas pernas ficaram bambas. A sensação de pavor caiu sobre ele, pior do que o dia em que o oficial do exército havia chegado à
porta.
Ele sabia o que estava por vir, mas não conseguiu parar. Ele avançou contra a sua vontade.
Marte sorriu. — Bom trabalho tomando o forte, garoto. Quem é o juiz para este jogo?
Reyna levantou a mão.
— Você vê este jogador, juíza? — Marte exigia. — Foi o meu filho. O primeiro a ultrapassar a muralha, ganhou o jogo para sua equipe. A menos que você seja cega, ele foi um jogador MVP. Você não está cega, não é?
Reyna parecia que estava tentando engolir um rato. — Não, Lorde Marte.
— Então, certifique-se que ele receba a Coroa Mural, — Marte exigia. — Meu filho, aqui! — Ele gritou para a legião, caso alguém não tivesse ouvido. Frank queria fundir-se com a terra.
— Emily filha de Zhang — Marte continuou. — Ela era uma boa soldada. Boa mulher. Este garoto Frank provou do que é feito nesta noite. Feliz aniversário atrasado, garoto. Hoje você se tornou um guerreiro de verdade.
Ele jogou para Frank sua M16. Por uma fração de segundo Frank seria esmagado sob o peso do fuzil, mas a arma mudou em pleno ar, tornando-se menor e mais fina. Quando Frank a pegou, a arma era uma lança. Ela tinha uma haste de Ouro Imperial e um ponto estranho como um osso branco, cintilando com uma luz fantasmagórica.
— A ponta é do dente de um dragão — disse Marte. — Você não aprendeu a usar os talentos da sua mãe, no entanto, não é? Bem... esta lança vai lhe dar algum espaço para respirar até que você aprenda. Você
tem três cargas nela, para usá-las sabiamente.
Frank não entendeu, mas Marte agiu como se o assunto estivesse encerrado. — Agora, meu filho Frank Zhang vai liderar a missão de libertar Tânatos, a menos que haja alguma objeção, há?
Claro, ninguém disse uma palavra. Mas muitos dos campistas olharam para Frank com inveja, ciúme, raiva, amargura.
— Você pode ter dois companheiros — disse Marte. — Essas são as regras. Um deles tem de ser esse garoto.
Ele apontou para Percy. — Ele vai aprender um pouco de respeito para com Marte nesta viagem, ou morrer tentando. Quanto ao segundo, eu não me importo. Escolha quem você quiser. Façam um dos seus debates
do Senado. Todos vocês são bons para isto.
A imagem do deus tremulou. Relâmpagos crepitaram no céu.
— Essa é a minha sugestão — disse Marte. — Até a próxima vez, Romanos. Não me desapontem!
O deus irrompeu em chamas, e então ele se foi. Reyna se voltou para Frank. Sua expressão era parte espanto parte
náuseas, como se ela tivesse finalmente conseguido engolir aquele rato. Ela levantou o braço em uma saudação romana. — Ave, Frank Zhang, filho de Marte.
Toda a legião seguiu seu exemplo, mas Frank não queria mais a sua atenção. Sua noite perfeita tinha sido arruinada.
Marte era seu pai. O deus da guerra estava mandando-o para o Alasca. Frank havia recebido mais do que uma lança em seu aniversário. Ele havia sido condenado a uma pena de morte.

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