terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

28° cap. de A Marca de Atena

Bem, vcs estão mt ansiosos pelo próximo capítulo, neh? Então aproveitem !!!

 XXVIII - PIPER


A CORRENTE A AGARROU COMO UM PUNHO fechado e puxou ela para o fundo. Ela lutava, mas era inútil. Ela estava presa e de boca fechada obrigando-se a não respirar, mas
ela mal podia evitar entrar em pânico. Piper não conseguia ver nada, a não ser um monte de bolhas. Ela só podia ouvir sua própria goleada e o rugido surdo das correntezas.

Ela tinha acabado de decidir que era assim que ela iria morrer: se afogando em um buraco de uma ilha que não existia. Então, tão repentinamente como ela tinha sido puxada para baixo, ela foi empurrada para a superfície. Ela encontrou-se no centro de um redemoinho conseguindo respirar, mas incapaz de sair dali.
A poucos metros de distância Jason chegou à superfície e ofegou, sua espada em uma das mãos. Ele balançou descontroladamente, mas não havia nada para atacar.
Vinte metros à direita de Piper, Aqueloo saiu da água. — Eu realmente sinto muito por
isso — disse.

Jason avançou em direção a ele convocando os ventos para levanta-lo fora do rio, mas
Aqueloo foi mais rápido e mais poderoso. Uma onda de água bateu em Jason e enviou-o no
fundo da água mais uma vez.
— Pare com isso! — Piper gritou. Usou seu charme, mas não foi fácil já que ela estava
se debatendo em um redemoinho, porém chamou a atenção de Aqueloo.
— Eu não posso parar, eu temo — disse o deus do rio. — Eu não posso deixar Hércules
ter meu chifre. Seria humilhante.
— Há outra maneira! — Piper disse. — Você não precisa nos matar!
Jason emergiu da superfície novamente. Uma nuvem de tempestade em miniatura
formando sobre sua cabeça. Trovões soaram.
— Nada disso, filho de Júpiter — Aqueloo repreendeu. — Se você chamar um raio, você
só vai eletrocutar sua namorada.
A água puxou Jason novamente.
— Deixe-o ir! — Piper colocou toda a persuasão que podia em sua voz. — Eu prometo
que não vou deixar Hércules obter o chifre!
Aqueloo hesitou. Ele trotou até ela, inclinando sua cabeça para a esquerda. — Eu
acredito no que você diz.
— Eu prometo! — Piper disse. — Hércules é desprezível. Mas, por favor, primeiro deixe
meu amigo ir.
A água agitou onde Jason tinha sido puxado. Piper queria gritar. Quanto tempo mais ele
poderia prender a respiração?
Aqueloo olhou para ela através de seus óculos bifocais. Sua expressão suavizou. — Eu
entendi. Você seria minha Dejanira. Você será minha noiva para compensar minha perda.
— O que? — Piper não tinha certeza se ela tinha ouvido direito. O redemoinho estava
literalmente fazendo a sua cabeça girar. — Hum, na verdade eu estava pensando.. .
— Ah, eu entendo — disse Aqueloo. — Você é muito modesta para sugerir isso na frente
do seu namorado. Você está certa, é claro. Eu iria de tratá-la muito melhor do que um filho
de Zeus. Eu poderia fazer as coisas certas depois de todos esses séculos. Eu não pude
salvar Dejanira, mas eu poderia salvar você.
Teria passado trinta segundo agora? Um minuto? Jason não poderia agüentar muito
mais tempo.
— Você teria que deixar seus amigos morrerem — Aqueloo continuou. — Hércules
ficaria zangado, mas eu poderia te proteger dele. Nós poderíamos ser muito felizes juntos.
Vamos começar deixando seu companheiro Jason se afogar, hein?
Piper não conseguia se sentir bem, mas ela teve de se concentrar. Ela estava
mascarando seu medo e sua raiva. Ela era uma criança de Afrodite. Ela tinha de usar as
ferramentas que lhe foram dadas.
Ela sorriu o mais docemente que podia e levantou os braços. — Levante-me, por favor.
O rosto de Aqueloo se iluminou. Ele agarrou as mãos de Piper e puxou-a para fora do
redemoinho.
Ela nunca tinha montado em um touro antes, mas ela tinha praticado equitação com
Pégasos no Acampamento Meio-Sangue, então sabia o que fazer. Ela usou toda sua força,
pondo sua perna em volta de Aqueloo. Em seguida, ela trancou seus tornozelos no pescoço
dele, envolveu um braço ao redor de sua garganta e tirou a faca com a outra. Ela pressionou
a lâmina sob o queixo do deus rio.
— Deixe-Jason- ir. — Ela colocou toda a sua força no comando. — Agora!
Piper percebeu que havia muitas falhas em seu plano. O deus do rio poderia
simplesmente se dissolver em água. Ou ele poderia puxá-la para baixo e esperar ela se
afogar. Mas, aparentemente, o charme dela funcionou. Ou talvez Aqueloo ficou muito
surpreendido pra pensar melhor. Ele provavelmente não era acostumado com meninas
bonitas ameaçando cortar sua garganta.
Jason se atirou pra fora da água como uma bala de canhão humana. Ele quebrou os
galhos de uma oliveira e caiu sobre a grama. Isso não poderia ter feito ele se sentir bem,
mas ele se esforçou pra ficar de pé, ofegante e tossindo. Ele levantou sua espada e as
nuvens escuras sobre o rio engrossaram.
Piper lançou-lhe um olhar de advertência: Ainda não. Ela ainda tinha que sair deste rio
sem se afogar ou ser eletrocutada.
Aqueloo arqueou as costas como se contemplasse um truque. Piper pressionou a faca
com mais força contra sua garganta.
— Seja um bom touro — ela advertiu.
— Você prometeu — Aqueloo disse entre dentes. — Você prometeu que Hércules não
iria ficar com meu chifre.
— E ele não vai — disse Piper. — Mas eu vou.
Ela levantou a faca e cortou fora o chifre do deus. O bronze Celestial cortou como se
fosse barro molhado. Aqueloo gritou de raiva. Antes que ele pudesse se recuperar, Piper se
levantou em suas costas com o chifre em uma mão e sua adaga na outra. Ela saltou de suas
costas.
— Jason — ela gritou.
Graças aos deuses, ele entendeu. Uma rajada de vento a pegou e a levou com
segurança sobre o banco. Piper caiu no chão rolando com os cabelos presos em seu
pescoço e se levantou. Um cheiro metálico encheu o ar. Ela virou-se para o rio a tempo de
sua visão clarear.
BOOM! Um relâmpago agitou a água em um caldeirão fervente, cozinhando e sibilando
com a eletricidade. Piper piscou havia manchas amarelas em seus olhos, o deus Aqueloo
chorava e se dissolvia sob a superfície da água. Sua expressão de horror parecia estar se
perguntando: Como você pôde?
— Jason corra! — Ela ainda estava tonta e doente de medo, mas ela e Jason
atravessaram a floresta.
Enquanto subiam a colina ela estava com o chifre do touro em seu peito. Piper percebeu
que ela estava chorando, embora ela não soubesse se era de medo, alívio ou vergonha pelo
que ela tinha feito para o velho deus do rio.
Eles não desaceleraram até que chegassem ao topo da colina.
Piper se sentia boba, mas ela continuou correndo e chorando e contou o que tinha
acontecido a Jason enquanto ele estava lutando debaixo d'água.
— Piper, você não tinha escolha.— Ele colocou a mão em seu ombro. — Você salvou
minha vida.
Ela enxugou os olhos e tentou se controlar. O sol estava quase no horizonte. Eles
tiveram que voltar a Hércules rapidamente ou os seus amigos iriam morrer.
— Aqueloo a obrigou — Jason continuou. — Além disso, eu duvido que o raio tenha
matado ele. Ele é um deus antigo, você teria que destruir o seu rio para destruí-lo e ele pode
viver sem um chifre. Se você teve que mentir sobre não dar a Hércules, bem...
— Eu não estava mentindo.
Jason olhou para ela. — Pipes ... não temos outra escolha. Hércules vai matar...
— Hércules não merece isso.— Piper não sabia muito bem de onde essa raiva estava
vindo, mas ela nunca tinha sentido tanta certeza em sua vida.
Hércules era um idiota, egoísta e amargo. Ele tinha machucado muitas pessoas e ele
queria continuar machucando. Talvez ele tenha tido algumas isenções ruins. Talvez os
deuses tivessem chutado ele. Mas isso não o desculpava. Um herói não podia controlar os
deuses, mas ele deve se controlar.
Jason nunca seria assim. Ele nunca iria culpar os outros por seus problemas ou deixar
um rancor ser mais importante do que fazer a coisa certa.
Piper não ia repetir a história de Dejanira. Ela não iria concordar com Hércules só
porque ele era bonito, forte e assustador. Ele não podia conseguir o que queria desta vez -
não depois de ameaçar suas vidas e enviá- los para fazer Aqueloo infeliz por causa de uma
maldade de Hera. Hércules não merecia um chifre de abundância. Piper ia por ele em seu
lugar.
— Eu tenho um plano — disse ela.
Ela disse a Jason o que fazer. Ela nem percebeu que ela estava usando charme até ver
que seus olhos estavam vidrados.
— Faço tudo o que você disser — ele prometeu. Então ele piscou algumas vezes. —
Nós vamos morrer, mas eu estou dentro.
Hércules esperava exatamente onde ele estava antes.
Ele estava olhando para o Argo II, ancorado entre os pilares com o pôr do sol por trás
dele. O navio parecia bem, mas o plano de Piper estava começando a deixá-la louca.
Muito tarde para reconsiderar. Ela já tinha enviado uma mensagem de Íris para Leo.
Jason estava preparado. E, ao ver Hércules, novamente, ela se sentia mais certa do que
nunca que não podia dar a ele o que queria.
Hércules não se alegrou exatamente quando viu Piper trazendo o chifre do touro, mas
sua expressão carrancuda suavisou.
— Bom — disse ele. — É isso aí. Nesse caso, você está livre para ir.
Piper olhou para Jason. — Você ouviu. Ele nos deu permissão.— Ela virou-se para o
deus. — Isso significa que o nosso navio será capaz de passar para o Mediterrâneo?
— Sim, sim. — Hércules estalou os dedos. — Agora, o chifre.
— Não — disse Piper.
O deus franziu a testa. — Desculpe-me?
Ela ergueu a cornucópia. Desde que ela tinha cortado da cabeça de Aqueloo, o chifre
estava oco, tornando-se liso e escuro no interior. Não parecia mágico, mas Piper estava
contando com seu poder.
— Aqueloo estava certo. — disse ela. — Você é sua maldição tanto quanto ele é para
você. Você é uma vergonha para um herói.
Hércules a olhou como se ela estivesse falando em japonês. — Você percebe que eu
poderia matá-la com um movimento do meu dedo — disse ele. — Eu poderia jogar o minha
clava no seu navio e cortar diretamente através de seu casco. Eu poderia.....
— Você poderia calar a boca — disse Jason. Ele sacou a espada. — Talvez Zeus seja
diferente de Júpiter. Porque eu não iria tolerar algum irmão que age como você.
As veias no pescoço de Hércules viraram tão roxas como suas vestes. — Você não será
o primeiro semideus que eu já matei.
— Jason é melhor do que você — disse Piper. — Mas não se preocupe, nós não vamos
lutar com você. Nós vamos sair desta ilha com o chifre. Você não merece isso como um
prêmio. Eu vou mantê-lo e lembrar-me de como não ser como semideus e recordarei do
pobre Aqueloo e de Dejanira.
As narinas do deus estavam queimando. — Não mencione este nome! Você não pode
pensar que eu estou preocupado com o seu namorado insignificante. Ninguém é mais forte
do que eu!
— Eu não disse mais forte — Piper corrigiu-o. — Eu disse que ele é melhor.
Piper apontou o chifre na boca de Hércules. Ela largou seu ressentimento, sua dúvida e
a raiva que ela estava abrigando desde o Acampamento Júpiter. Concentrou-se em todas as
coisas boas que ela compartilhou com Jason Grace: subir acima no Grand Canyon,
caminhar na praia no Acampamento Meio-Sangue de mãos dadas e cantando juntos, vendo
as estrelas, sentado ao lado dos campos de morango juntos nas tardes preguiçosas e ouvir
os sátiros tocar suas flautas.
Ela pensou em um futuro em que os gigantes tinham sido derrotados, Gaia estava
dormindo e eles viveriam felizes juntos - nenhuma inveja, nenhum monstro livre para
batalhar. Ela encheu seu coração com esses pensamentos e ela sentiu a cornucópia
esquentar.
O chifre explodiu em uma enxurrada de alimentos tão poderosos quanto o rio de
Aqueloo. Uma torrente de presuntos frescos e defumados, de frutas, produtos de
panificação, enterrando Hércules completamente. Piper não entendia como todas essas
coisas poderiam passar pela entrada do chifre, mas ela pensou que os presuntos eram
particularmente apropriados.
Quando já tinha vomitado guloseimas suficientes para encher uma casa, o chifre parou.
Piper ouviu Hércules gritando e lutando em algum lugar embaixo. Aparentemente,
mesmo o deus mais forte do mundo poderia ser pego de surpresa quando enterrado sob
produtos frescos.
— Vá! — Disse Jason, que tinha esquecido a sua parte do plano e estava olhando com
espanto para a pilha de frutas. — Vamos!
Ele agarrou a cintura de Piper e convocou o vento. Eles dispararam longe da ilha
rapidamente, Piper quase teve traumatismo cervical, mas era cedo para verificar.
À medida que a ilha recuava de vista, a cabeça Hércules apareceu acima do monte de
guloseimas. Metade de um coco foi preso em sua cabeça como um capacete de guerra. —
Matar! — ele gritou, como se ele tivesse praticando para dizer isso muitas vezes.
Jason tocou na parte de baixo do Argo II no convés. Felizmente, Leo tinha feito sua
parte. Os remos do navio já estavam no modo aéreo. A âncora foi para cima. Jason
convocou um vento tão forte, que empurrou-os para o céu, enquanto Percy enviou uma onda
de dez metros de altura contra a costa, derrubando Hércules por uma segunda vez em uma
cascata de água do mar e abacaxis.
No momento em que o deus se recuperou, ele começou a arremessar cocos para eles
de muito abaixo, mas o Argo II já estava navegando por entre as nuvens acima do
Mediterrâneo.



3 comentários:

  1. Muito bom! Adorei! Mas qnd vc postará o próximo?

    ResponderExcluir
  2. O único capítulo que não me senti chateada por ser o da Piper ;D

    ResponderExcluir
  3. O proximo vai demorar mt para sair?!

    ResponderExcluir

Deixe um comentário!! Mas tome cuidado com o que vc escreve.
Obrigada por comentar!!