quarta-feira, 13 de março de 2013

44º cap de A Marca De Atena

Como prometido, mais um cap! ^-^ 
Não deixem de conferir nossa pagina no Face!
XLIV- Piper 
O LOCAL ONDE ELES ESTAVAM ENCHIA COM UMA VELOCIDADE ALARMANTE.
Piper, Jason e Percy batiam nas paredes procurando por uma saída, mas não encontraram nada. Eles subiram em cima das alcovas para ganhar alguma altura, mas com água saindo de todos os nichos, era como tentar se equilibrar na beira de uma cachoeira, mesmo que Piper estivesse sobre um desses nichos, a água já estava passando dos seus joelhos. A partir do piso, é provável que já estive com 8 pés de profundidade e subindo rápido.
— Eu poderia tentar usar raios. – disse Jason – talvez explodir um buraco no teto?
— Isso poderia derrubar todo o telhado e nos atingir – disse Piper.
— Ou nos eletrocutar. – completou Percy.
— Sem muitas opções. – falou Jason.
— Me deixe pesquisar o fundo. — disse Percy — se este lugar foi construído como uma
fonte, tem de existir uma forma de drenar a água. Vocês caras, procurem nos nichos por
saídas secretas. Talvez as conchas sejam botões, ou alguma coisa.
Era uma idéia desesperada, mas Piper estava satisfeita por ter alguma coisa para fazer.
Percy pulou na água. Jason e Piper subiram de nicho por nicho chutando, batendo e
balançando as conchas grudadas nas rochas, mas eles não tiveram sorte.
Mais rápido do que Piper esperava, Percy voltou à superfície, se debatendo e ofegante.
Ela ofereceu sua mão e ele quase a jogou na água antes que ela pudesse ajudá-lo a
subir.
— Não posso respirar. – disse com a voz alterada – A água... Não é normal. Muito difícil
de voltar.
A força vital das ninfas... Pensou Piper. A água estava tão envenenada e cheia de
malicia, que nem mesmo um filho do deus dos mares poderia controlá-la.
À medida que a água subia ao seu redor, Piper sentia que estava afetando ela também.
Seus músculos da perna tremiam como se ela tivesse correndo por quilometros.
Suas mãos estavam enrugadas e secas, apesar dela estar no meio de uma fonte.
Os garotos se moviam lentamente. O rosto de Jason estava pálido e ele demonstrava
estar tendo problemas para segurar sua espada. Percy estava encharcado e tremendo, seu
cabelo não parecia tão escuro, era como se a cor estivesse indo embora.
— Eles estão pegando nosso poder. — disse Piper – Nos drenando.
— Jason. — Percy tossiu — Faça raios.
Jason levantou sua espada, o cômodo retumbou, mas sem raios. O teto não quebrou.
Ao invés disso, uma miniatura de tempestade de raios formou no topo da câmera.
Chovendo, enchendo a fonte mais rápida, mas não era uma chuva normal. A substancia era
escura como a da água no poço. Cada gota picando a pele de Piper.
— Não era o que eu queria — disse Jason.
A água estava pouco acima de seus pescoços agora. Piper sentia suas forças
enfraquecendo. A historia do avô Tom sobre água canibal era verdade. As Ninfas más iam
roubar sua vida.
— Nós sobreviveremos — murmurou para ela mesma, mas seu charme não tiraria desta
situação. Rapidamente a água envenenada estaria sobre a cabeça deles. Eles teriam que
nadar, mas esta substancia estava os paralisando.
Iriam se afogar da mesma forma como ela havia visto em suas visões.
Percy começou a empurrar a água para longe com as costas da suas mãos, como se
estivesse espantando um cão mau. — Não consigo... Não consigo controlar isso!
Você terá de me sacrificar, o cão esqueleto havia dito na historia. Você deve me jogar na
água.
Piper se sentiu como se alguém tivesse agarrado sua nuca e exposto seus ossos. Ela
apertou sua cornucópia.
— Nós não podemos lutar com isto. – ela disse – se resistirmos, apenas nos tornará
mais fracos.
— O que você quer dizer? – Gritou Jason através da chuva.
A água estava acima do queixo, alguns centímetros a mais eles teriam que nadar, mas a
água estava a meio caminho para o teto. Piper esperava que isso significasse que eles
ainda tivessem tempo.
— O chifre da abundância. — ela disse — Nós temos de suprir completamente as ninfas
com água fresca, dar a elas mais do que elas possam usar. Se nos pudermos diluir essa
substancia envenenada.
— O chifre pode fazer isso? – Percy lutando para manter sua cabeça acima da água, o
que obviamente era uma nova experiência para ele. Ele parecia descontroladamente
assustado.
— Somente com a sua ajuda – Piper estava começando a entender como o chifre
funcionava. As coisas boas produzidas não vieram do nada. Ela só foi capaz de enterrar
Hércules em comidas quando ela se concentrou em todas as suas experiências positivas
com Jason.
Para criar água limpa e fresca suficiente para encher essa sala, ela precisava ir mais
fundo ainda, usar ainda mais suas emoções. Infelizmente ela estava perdendo a habilidade
de concentrar-se.
— Eu preciso de vocês dois para canalizar tudo que vocês têm na cornucópia. – ela
disse – Percy pense sobre o mar.
— Água salgada?
— Não importa! Contanto que seja limpa. Jason pense sobre chuvas com raios - muito
mais chuva. Vocês segurem a cornucópia.
Piper tentou lembrar-se das lições de salvamento que seu pai havia dado para ela
quando eles começaram a surfar. Para ajudar alguém que esta afogando, passe os seus
braços ao redor dele e chuta as suas pernas na sua frente, movendo para trás como se
estivesse fazendo nado de costas. Ela não estava certa se a mesma estratégia poderia
funcionar com duas outras pessoas, mas colocou um braço ao redor de cada garoto e tentou
manter eles flutuando da mesma forma que a cornucópia ao redor deles.
Nada aconteceu, a chuva descia ainda escura e acida.
As pernas de Piper pareciam chumbo. A água subia em redemoinho, ameaçando puxála.
Ele podia sentir sua força diminuindo.
— Nada bom. – Jason gritou cuspindo água.
— Não estamos indo a lugar nenhum. – Concordou Percy.
— Nos temos de trabalhar juntos. — choramingou Piper, esperançosa de que estivesse
certa – Vocês dois pensem em água limpa, uma tempestade d‘água. Não escondam nada,
imaginem todo seu poder, toda sua força deixando você.
— Isso não é difícil – disse Percy.
— Mas forçe isso. — ela disse – Ofereça tudo, como se você já estivesse morto e a sua
única finalidade é de ajudar as ninfas. Isto tem de ser um presente... Um sacrifício.
Eles ficaram quietos nessa palavra.
— Vamos tentar novamente. – disse Jason – Juntos.
Nesta hora, Piper dobrou sua concentração para o chifre da abundancia. As ninfas
queriam sua juventude, sua vida, sua voz? Certo. Ela desistiu disto tudo voluntariamente e
imaginou todo seu poder inundando para fora dela.
Eu já estou morta, ela disse a si mesma, tão calma quanto o cão esqueleto. Este é o
único jeito.
Água limpa saiu do chifre com tanta força, que os jogou contra a parede. A chuva mudou
para uma torrente branco, tão limpo e gélido, que fez Piper suspirar.
— Esta funcionando! — Jason choramingou.
— Bem demais. — disse Percy — Nós estamos enchendo a sala ainda mais rápido!
Ele estava correto, a água subiu tanto rápido, que agora o teto estava a apenas alguns
centímetros. Piper poderia estender as mãos e tocar nas nuvens de miniatura.
— Não parem! — ela disse — Nos temos que diluir o veneno ate que as ninfas estejam
purificadas.
— E se elas não puderem ser purificadas — perguntou Jason – Elas tem ficado aqui
embaixo fazendo o mal por milhares de anos.
— Apenas não se segure. — disse Piper – Dê tudo. Mesmo que nos fiquemos abaixo...
Sua cabeça bateu no teto. As nuvens de chuva se dissiparam e derreteram dentro
d‘água. O chifre da abundância continuava liberando água limpa.
Piper puxou Jason para perto e o beijou.
— Eu te amo. — ela disse.
As palavras apenas saíram dela, assim como a água da cornucópia. Ela não poderia
dizer qual foi a reação dele, porque agora eles estavam debaixo d‘água.
Ela segurou sua respiração. A corrente de água rugia em seus ouvidos. Bolhas giravam
ao redor dela. Luz percorreu a sala e Piper ficou surpresa que pudesse vê-la. Estava a água
ficando mais clara?
Seus pulmões estavam prestes a explodir, mas Piper concentrou suas ultimas energias
na cornucópia. Água continuava a sair, mesmo que não houvesse mais espaços. Será que
as paredes romperiam por causa da pressão?
A visão de Piper escureceu.
Ela pensou que o ruído em seus ouvidos era seu batimento cardíaco morrendo. Então
se deu conta que a sala estava tremendo. A água movia-se mais rápido. Piper se sentiu
afundando.
Com sua ultima força, ela chutou para cima. Sua cabeça rompeu até a superfície e ela
suspirou para respirar. A cornucópia parou. A água estava esvaziando quase tão rápido
quanto ela havia enchido a sala.
Com alarme, Piper percebeu que os rostos de Percy e Jason ainda estavam debaixo
d‘água. Ela os ergue. Instantaneamente, Percy engoliu em seco e começou a se debater,
mas Jason era tão sem vida quanto uma boneca de pano.
Piper se agarrou a ele, gritou seu nome, sacudiu e deu um tapa em sua cara. Ela mal
percebeu que toda a água havia escoado e deixado o chão úmido.
—Jason — ela tentou desesperadamente pensar. Deveria virar ele de lado? Dar tapas
nas suas costas?
— Piper — disse Percy — Eu posso ajudar.
Ele se ajoelhou ao lado dela e toucou a testa de Jason. Água jorrou da boca de Jason.
Seus olhos se abriram e um trovão jogou Percy e Piper para trás.
Quando a visão de Piper clareou, ela viu Jason sentado, ainda ofegando profundamente,
mas seu rosto já estava voltando a ficar corado.
— Desculpe — ele tossiu — Não foi minha intenção.
Piper o atacou com um abraço. Ela o teria beijando, mas não queria sufocá-lo.
— Caso você esteja pensando, era água limpa em seus pulmões. Eu pude fazer sair
sem o menor problema – sorriu Percy.
— Obrigado, cara – Jason apertou sua mão sem muita força — Mas eu acho que Piper é
o real heroína. Ela salvou todos nós.
Sim, ela salvou. Ecoou uma voz pela câmara.
Os nichos brilhavam. Nove figuras apareceram, mas elas não eram mais criaturas murchas. Elas eram jovens, lindas ninfas em vestidos cintilantes azuis. Seus brilhantes cachos negros presos com broches de ouro e prata. Seus olhos com suaves tons de azul e verde.
Com Piper assistindo, oito das ninfas se dissolveram em vapor e flutuaram para cima.
Apenas a ninfa no centro ficou.
— Hagno? – Perguntou Piper.
— Sim, minha querida. Eu não achava que altruísmo existisse em mortais...
Especialmente em semideuses. – riu a ninfa.
Percy chamou a atenção. — Como poderíamos nos ofender? Você tentou nos afogar e sugar nossas vidas.
Hagno estremeceu — Me desculpe por isso. Não era eu mesma. Mas vocês me lembraram do sol e da chuva, das correntes nas campinas. Percy e Jason, graças a vocês eu me lembrei do mar e do céu. Estou limpa. Mas, principalmente, graças a Piper. Ela
compartilhou algo melhor do que água corrente limpa. — Hagno se virou para Piper — Você tem uma boa natureza Piper. Eu sou um espírito da natureza. Eu sei do que estou falando.
Hagno apontou para o outro lado da sala. As escadas para a superfície reapareceram.
Diretamente para baixo, uma abertura circular brilhava mostrando sua existência, como um cano de esgoto, largo o suficiente para que eles pudessem rastejar por ele. Piper suspeitou que foi assim que a água foi drenada.
— Vocês podem retornar a superfície – disse Hagno – Ou, se vocês insistem, vocês
podem seguir o caminho das águas até os gigantes. Mas escolham rápido, porque as duas portas vão desaparecer quando eu me for. Este tubo conecta a linha do aqueduto antigo, que alimentam este ninfeu e o hipogeu que os gigantes chamam de lar.
— Ugh. – Percy apertou seus tempôra – Sem mais palavras complicadas.
— Oh, lar não é uma palavra complicada – Hagno parecia completamente sincera. — Eu achava que era, mas agora vocês nos desligaram deste lugar. Minhas irmãs se foram para procurar por novos lares... Córregos nas montanhas, talvez, ou um lago em um prado. Eu
vou segui-las, não posso esperar para ver florestas e pastagens novamente e águas claras correndo.
— Uh. – Percy falou nervosamente – As coisas mudaram nos últimos milhares de anos.
— Sem sentido. – disse Hagno — O quão ruim isso poderia ser? Pan não permitiria que a natureza se tornasse podre. Eu não posso esperar para vê-lo, na verdade.
Percy aperentou que gostaria de dizer algo, mas ele se calou.
— Boa sorte Hagno – disse Piper – E obrigada.
Então a ninfa sorriu uma última vez e se vaporizou.
Resumidamente, a ninfa brilhava com uma luz mais suave, como uma lua cheia. Piper sentia o cheiro de especiarias exóticas e rosas florescendo. Ela ouviu musica distante e vozes felizes conversando e rindo. Ela achou que estava ouvindo centenas de anos de festas e celebrações que foram realizadas neste santuário em épocas ancestrais, como se as lembranças tivesse sido liberadas junto com os espíritos.
— O que é isto? — Jason perguntou nervosamente.
Piper colocou suas mãos nas dele — Os fantasmas estão dançando. Vamos. É melhor irmos conhecer os gigantes.

7 comentários:

  1. Quando vai postar o proximo? Pfvr, poste logo!

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  2. estou louca pra ver como vai ser o proximo capitulo

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  3. quando vai postar o proximo?

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  4. Quando vc posta o próximo? N dá para baixar mas eu quero acabar de ler, valeu pela atenção.

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  5. Com certeza, o melhor capítulo que li até agora.

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  6. Com certeza, o melhor capítulo que li até agora.

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