quarta-feira, 27 de março de 2013

50º cap de A Marca de Atena

Percyanos, finalmente esta acabando o livro! sabia q vcs são muito impacientes?? Eu não tenho apenas o blog pra atualizar n! eu estudo pela manha e pela tarde, quando chego em casa eu tenho q descansar, nhe! Alem do mais, pra ficar melhor para leitura de vcs eu tenho q ajeitar o texto e isso demora um pouco.

Lembrando q são 52 cap, e esse ja é o 50!!


ANNABETH PERDEU A NOÇÃO DO TEMPO.

Ela podia sentir a ambrosia que ela tinha comido começar a curar sua perna, mas ainda doía, a dor latejava direto até o pescoço. Ao longo das paredes, as pequenas aranhas corriam na escuridão, como se estivessem à espera de ordens de sua senhora. Milhares delas farfalhavam atrás da tapeçaria, fazendo os tecidos se moverem como o vento.


Annabeth sentou no chão desmoronando e tentou preservar sua força. Enquanto Aracne não estava olhando, ela tentou conseguir algum tipo de sinal no laptop de Dédalo para entrar
em contato com seus amigos, mas é claro que ela não conseguiu. O que a deixou sem poder fazer nada mais além de observar com espanto e horror Aracne trabalhando, suas oito patas se movendo com uma velocidade hipnotizante, lentamente tecendo fios de seda em volta da estatua.

Com suas roupas douradas e seu rosto de marfim luminoso, a Atena Partenon era ainda mais assustadora que Aracne. Ela olhou para baixo com firmeza como se dissesse, Tragame petiscos ou algo assim. Annabeth podia imaginar ser uma Grega Antiga, entrar no
Partenon e ver essa enorme deusa com seu escudo, lança e jibóia, a mão livre segurando, Nice, o espirito alado da vitória. Teria sido suficiente para colocar um nó na túnica de qualquer mortal.

Mais do que isso, a estatua irradiava poder. Quando Atena foi desembrulhada o ar ao seu redor ficou mais quente. Sua pele marfim brilhava com vida. Ao redor da sala, as pequenas
aranhas começaram a recuar e voltar para o corredor.

Annabeth adivinhou que as teias de Aracne de alguma forma amorteciam a magia da estátua. Agora que estava livre, a Atena Partenon enchia a câmara com sua magia. Séculos
de orações e oferendas de mortais tinham feito isso em sua presença. Estava carregada com o poder de Atena.

Aracne não parecia notar. Ela continuou resmungando para si mesma, contando metros de seda e calculando o numero de fios que seu projeto exigiria. Sempre que ela hesitava, Annabeth a encorajava e dizia o quão bonito suas tapeçarias ficariam no Monte Olimpo.
A estatua ficou tão quente e brilhante que Annabeth pode ver mais detalhes do santuário - A alvenaria Romana que provavelmente um dia foi de um branco resplandecente, os ossos escuros das antigas vitimas e refeições de Aracne penduradas na rede e os cabos maciços de seda que ligavam o chão ao teto. Annabeth agora via o quão frágil os azulejos de mármore estavam sob seus pés. Eles estavam cobertos por uma fina camada de teia, como
correntes mantendo unido um espelho quebrado. Sempre que a Atena Partenon se deslocava até um lugar, mais rachaduras se espalhavam e aumentavam no chão. Em alguns lugares, havia buracos tão grandes como tampas de bueiros. Annabeth quase desejou que ficasse escuro novamente. Mesmo que seu plano desse certo e ela derrotasse Aracne, ela tinha não tinha certeza se conseguia sair da câmara viva.

— Tanta teia. — Aracne murmurou. — Eu poderia fazer vinte tapeçarias...

— Continue! — Annabeth disse. — Você esta fazendo um trabalho maravilhoso.

A aranha continuou trabalhando. Depois do que pareceu uma eternidade, uma montanha de teias brilhante foi empilhada aos pés da estátua. As paredes da câmara ainda estavam cobertas de teias. 

Os cabos de suporte que prendiam a sala junta não tinham sido mexidos.
Mas a Atena Partenon estava livre.
— Por favor, acorde — Annabeth pediu a estátua. – Mãe, me ajude.

Nada aconteceu, mas as rachaduras pareciam se espalhar no chão mais rapidamente. De acordo com Aracne, os pensamentos maliciosos de mostros haviam comido a base do santuário por séculos. Se isso fosse verdade, agora que estava livre a Atena Partenon poderia atrair mais atenção dos monstros no Tártaro.
— O projeto — Annabeth disse. – Você tem que se apressar.
Ela levantou a tela do computador para Aracne ver, mas a aranha retrucou. — Eu memorizei isso, criança. Eu tenho olhos de artista para detalhes.

 — Claro que tem. Mas devemos nos apressar.

— Por quê?

— Bem... Para que possamos apresentar seu trabalho ao mundo!

— Humm. Muito bem.

Aracne começou a tecer. Foi um trabalho lento, transformando fios de seda em longas tiras de pano. A câmara retumbou. As rachaduras nós pés de Annabeth se tornaram mais amplas.
Se Aracne notou, ela não pareceu se importar. Annabeth considerou tentar empurrar a aranha no pescoço de alguma forma, mas ela descartou a ideia. Não havia um buraco
grande o suficiente para isso, além do mais se o piso cedesse, Aracne provavelmente cairia em sua teia e escaparia, enquanto Annabeth e a estatua cairiam no Tártaro.

Lentamente, Aracne terminou as longas tiras de seda trançadas juntas. Sua habilidade era incrível. Annabeth não poderia deixar de ficar impressionada. Ela sentiu outro lampejo de
duvida sobre sua própria mãe. E se Aracne fosse melhor tecelã do que Atena ?

Mas a habilidade de Aracne não era o ponto. Ela havia sido punida por ser arrogante e rude. Não importa o quão maravilhoso você era, você não podia sair por ai insultando os deuses. Os Olimpianos eram um lembrete de que sempre havia alguém melhor do que você, então você não podia ter um ego grande de mais. Mesmo assim... Ser transformada em uma monstruosa aranha imortal parecia uma punição dura de mais.

Aracne trabalhou ainda mais rápido, juntado os fios. Logo, a estrutura estava feita. Aos pés da estatua havia um cilindro trançado de fios de seda, um metro e meio de diâmetro e
três de largura. A superfície brilhava como uma concha abalone, mas não parecia bonito para Annabeth. Era apenas funcional: uma armadilha. Só seria bonito se ela funcionasse.
Aracne virou-se para ela com um sorriso de fome.

— Feito! Agora, a minha recompensa! Prove-me que você pode cumprir suas promessa.
Annabeth estudou a armadilha. Ela franziu o cenho e caminho ao redor dela, inspecionando a tecelagem de todos os ângulos. Então, tomando cuidado com o tornozelo ruim, ela ficou com as mãos nos joelhos e se arrastou para o interior. Ela tinha feito suas
medições de cabeça. Se ela tivesse errado, seu plano estava condenado. Mas ela escorregou através do túnel de seda sem tocar os lados. A teia tecida estava pegajosa, mas não grudenta de mais. Ela se arrastou para fora pelo outro lado e balançou a cabeça.

— Há uma falha. — disse ela.

— O quê? — Aracne chorou. — Impossível! Eu segui as instruções...

— Dentro — Annabeth disse. — Rasteje até lá e veja por si mesma. É bem no meio - Uma falha na tecelagem.

Aracne estava espumando pela boca. Annabeth estava com medo de ter forçado demais e a aranha fosse agarrá-la. Ela seria apenas um outro conjunto de ossos nas teias de aranha.
Ao invés disso Aracne bateu suas oito pernas em petulância. – Eu não cometo erros.

— Oh, foi pequeno — Annabeth disse. – Provavelmente você pode corrigir. Mas eu não quero mostrar aos deuses qualquer coisa, a não ser o seu melhor trabalho. Olhe, vá lá dentro e verifique. Se você puder concertar, então vamos mostrar para os Olimpianos. Você
vai ser a artista mais famosa de todos os tempos. Eles provavelmente vão demitir as Nove musas e contratá-la para supervisionar todas as artes. A deus Aracne... Sim, eu não ficaria
surpresa.
— A deusa... — Aracne respirou pelo nariz. — Sim, sim. Eu vou corrigir a falha.

Ela enfiou a cabeça dentro do túnel. — Onde ela está?

— Bem no meio. — Annabeth insistiu. – Vá em frente. Pode ser um pouco desconfortável para você.

— Eu estou bem! — Ela retrucou e se contorceu lá dentro.
Como Annabeth esperava, o abdômen da aranha passou, mal cabendo. Quando ela abriu caminho, as tiras de seda trançadas expandiram para acomodá-la. Aracne abriu caminho para sua fiandeira.
— Eu não vejo falha nenhuma — ela anunciou.

— Sério? – Annabeth perguntou. — Bem, isso é estranho. Sai e eu vou olhar de novo.
Era o momento da verdade. Aracne se contorceu, tentando voltar. O túnel de tecidos contraiu ao redor dela e a segurou rápido. Ela tentou se esquivar para frente, mas a armadilha já a tinha prendido pelo abdômen. Ela não conseguiu atravessa-la também.
Annabeth tinha medo de que as pernas da aranha perfurariam a seda, mas as pernas de Aracne estavam pressionadas tão firmemente contra ela o corpo que mal conseguia se
mover.

— O que - o que é isso? — Ela disse. — Eu estou presa!

— Ah — disse Annabeth. — Eu me esqueci de te dizer. Esta obra de arte é chamada de Algemas Chinesa. Essa tem uma variação. Eu chamo de Algemas Chinesa para Aranhas.

— Traição! — Aracne golpeou, rolou e se contorceu -mas a armadilha segurou-a firmemente.

— Era uma questão de sobrevivência — Annabeth corrigiu. — Você ia me matar de qualquer forma, eu te ajudando ou não, certo?

— Mas é claro! Você é uma filha de Atena. — A armadilha continuava imóvel. — Quero dizer... Não, claro que não! Eu cumpro minhas promessas.

— Uhum. — Annabeth deu um passo atrás quando o cilindro trançado começou a se debater novamente. — Normalmente essas armadilhas são feitas de tecido de bambu, mas a seda da aranha é melhor ainda. Ela segura rápido e é forte demais para ser quebrada - até por você.

— Gahhhhhhhhhhh! — Aracne rolou e se contorceu, mas Annabeth saiu do caminho. Mesmo com o tornozelo quebrado, ela conseguiu evitar com habilidade uma armadilha de dedo.

— Eu vou destruir você! — Aracne prometeu. – Quero dizer...Não, eu vou ser boa para você, se você me deixar sair.

— Eu guardaria energia se eu fosse você. – Annabeht respirou fundo, relaxando pela
primeira vez em horas. — Vou chamar os meus amigos.

Você-você vai chamá-los para ver minha obra de arte? — Aracne perguntou esperançosamente.

Annabeth esquadrinhou o quarto. Tinha que ter uma forma de enviar uma mensagem de Íris para o Argos II. Ela tinha um pouco de água em sua garrafa, mas como criar luz suficiente e neblina para fazer um arco-íris em uma caverna escura?

Aracne começou a rolar novamente. — Você está chamando seus amigos para me matar!

— Ela gritou. — Eu não vou morrer! Não gosto disso!

— Calma — Annabeth disse. — Vamos deixá-la viver. Nós só queremos a estatua.

— A estátua?

— Sim — Annabeth deveria ter deixado por isso mesmo, mas o medo esta se transformando em raiva e ressentimento. — A obra de arte que vou mostrar no Monte Olimpo? Não vai ser a sua. Lá que a Atena Partenon pertence – bem no parque central dos deuses.

— Não! Não, isso é horrível!

— Ah, isso não vai acontecer imediatamente — disse Annabeth. — Primeiro vamos levar a estatua conosco para a Grécia. A profecia nos disse que ela tem o poder de nos ajudar a derrotar os gigantes. Depois disso... Bem, nós não podemos simplesmente restaurá-la ao
Partenon. Isso levantaria muitas perguntas. Ela vai ficar mais segura no Monte Olimpo. Vai unir os filhos de Atena e trazer a paz para os Gregos e Romanos. Obrigado por mantê-la segura por todos esses séculos. Você prestou um grande serviço para Atena.

Aracne gritou e se debateu. Um fio de seda atirado pela fiandeira do monstro atingiu a tapeçaria na parede distante. Aracne contraiu seu abdômen e ia cegamente rasgando o tecido. Ela continuou a rolar, atirando aleatoriamente seda, rolando sobre braseiros de fogo
mágico e quebrando azulejos do chão. A câmara tremeu. Tapeçarias começaram a queimar.

— Pare com isso! — Annabeth tentou mancar para fora do caminho da seda da aranha. – Você vai derrubar a caverna inteira e matar nós duas!
— Melhor do que ver você vencer! — Aracne berrou. — Meus filhos! Me ajudem! 

Ah, ótimo. Annabeth esperava que a aura mágica da estátua fosse manter as pequenas aranhas longe, mas Aracne continuou gritando, implorando a ajuda deles. Annabeth considerou matar a aranha para que ela ficasse quieta. Seria fácil usar a faca agora. Mas ela
hesitou em matar qualquer monstro quando estava tão impotente, até mesmo Aracne. Além disso, se ela esfaqueasse o tecido, a armadilha poderia desarmar. E Aracne estaria livre antes de Annabeth pudesse matá-la.

Todos esses pensamentos vieram tarde demais. Aranhas começaram a fervilhar na câmara. A estátua de Atena brilhou mais forte. As aranhas claramente não queriam se aproximar, mas reuniram coragem, afinal sua mãe estava gritando por ajuda. Eventualmente
elas esmagariam Annabeth.

— Aracne, pare! — Ela gritou. – Eu vou...

De alguma forma, Aracne torcia em sua prisão, apontando seu abdômen em direção ao som da voz de Annabeth. Um fio de seda bateu em seu peito como a luva de um peso pesado.

Annabeth caiu, sua perna queimava de dor. Ela cortou descontroladamente o tecido com a adaga quando Aracne a puxou para suas fiandeiras estalando.

Annabeth conseguiu cortar o fio e arrastar-se para longe, mas as pequenas aranhas estavam fechando ao seu redor. Ela percebeu que tudo que havia feito não tinha sido o suficiente.
Ela não sairia de lá. Os filhos de Aracne iriam matá-lá aos pés da estatua de sua mãe.

— Percy, — Ela pensou, — Eu sinto muito.

Naquele momento a câmara gemeu e o teto da caverna estourou em uma ardente explosão de luz.

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